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Irmã suspeita que garçonete desaparecida em 2013 foi vítima de maníaco

Ela procurou a 6ª Delegacia de Polícia nesta sexta-feira (30/08/2019). Vítima desapareceu após sair da Estrutural para ir ao Paranoá

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1 de 1 WhatsApp-Image-2019-09-02-at-10.52.32 - Foto: Arquivo pessoal

Mais uma mulher esteve na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), nesta sexta-feira (30/08/2019), acreditando que Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos, possa ser responsável pelo desaparecimento de sua irmã, Fabiana Santana Alves (foto em destaque), de 27. Ela sumiu em 2013, após sair da Cidade Estrutural rumo ao Paranoá.

“Ela estava indo ao salão, arrumar o cabelo, porque ia viajar à noite. Disse que ia pegar um ônibus para a Rodoviária do Plano Piloto e, de lá, pegaria outro para o Paranoá. Mas, do jeito que era inocente, pode ter entrado em uma lotação”, afirmou a mulher, que pediu para não ser identificada.

Segundo ela, a irmã trabalhava como garçonete em um estabelecimento na Estrutural e teria sido deixada pelo namorado dentro do primeiro ônibus. Após o desaparecimento, a família passou a desconfiar do rapaz, mas nunca teve retorno da Divisão de Repressão a Sequestro (DRS), na qual o inquérito segue em aberto.

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Na primeira condenação, o acusado pegou oito anos
Marinésio é assassino confesso de Genir e Letícia
Marinésio é assassino confesso de Letícia Curado
Letícia Sousa Curado, 26, também foi assassinada por Marinésio dos Santos Olinto, no dia 23 de agosto
Letícia desapareceu no dia 23 de agosto, uma sexta-feira. Seu corpo foi encontrado três dias depois, em Planaltina
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Marinésio é assassino confesso de duas mulheres

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Na primeira condenação, o acusado pegou oito anos

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Marinésio é assassino confesso de Genir e Letícia

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Marinésio é assassino confesso de Letícia Curado

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Letícia Sousa Curado, 26, também foi assassinada por Marinésio dos Santos Olinto, no dia 23 de agosto

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Letícia desapareceu no dia 23 de agosto, uma sexta-feira. Seu corpo foi encontrado três dias depois, em Planaltina

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Moradora do Arapoanga foi morta por Marinésio e teve corpo escondido em manilha

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Marinésio é acusado de vários crimes

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Objetos de Letícia foram encontrados no carro do suspeito

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Carro usado nos crimes

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Blazer prata do ex-cozinheiro foi usada em crimes

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Blazer prata também é apontada por vítimas de Marinésio

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Relógio de Letícia localizado no veículo do suspeito

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O corpo de Letícia foi encontrado às margens da DF-250

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“No dia seguinte ao desaparecimento dela, estávamos, todo mundo, fazendo cartaz desesperados. Fomos na delegacia, mas até hoje não recebemos nenhuma notícia nem ligação”, relatou. A família acredita que a garçonete tenha sido assassinada. “Achamos que alguém a matou, fez o mal a ela, porque era muito inocente, tinha vindo da Bahia para trabalhar aqui”, disse.

Com a divulgação de casos de desaparecimento de mulheres no DF envolvendo Marinésio, a mulher resolveu, então, voltar a procurar por novidades sobre a irmã. “Já que tem casos antigos dele [Marinésio], então eu desconfiei, porque ela não tinha maldade. Estando com pressa, poderia ter entrado em uma lotação. Ela deixou três filhos. Minha mãe cuida [deles], mas agora a gente só quer uma resposta, porque desde então minha mãe não vive”, lamentou. A irmã foi encaminhada para a DRS, local onde o caso está registrado.

Ao menos 10 ataques

Marinésio dos Santos Olinto assassino confesso de duas moradoras do Distrito Federal, revelou aos investigadores da Polícia Civil (PCDF) mais detalhes da rotina que levava em Planaltina antes de ser preso no último domingo (25/08/2019). Ele afirmou que tinha o hábito de pegar o carro nos dias de folga e circular pela cidade atrás de mulheres. Contou que costumava abordar as que estavam sozinhas em paradas de ônibus. Na versão dada aos policiais, ressaltou que oferecia carona para a rodoviária e, no trajeto, assediava as vítimas. Pelas contas do maníaco, seriam pelo menos 10. Entretanto, negou estar envolvido em outras mortes ou estupros.

Com temperamento frio e calculista, o cozinheiro relatou que, quando percebia que a conversa ia engrenar durante o trajeto, iniciava o assédio. Segundo o criminoso, quando a mulher se recusava, ele parava o carro e a abandonava no meio da estrada. O homem confessou que chegou a roubar objetos pessoais de alguns dos alvos, guardados como troféus.

Sobre as mortes, insistiu em alegar que teve um “apagão”. Disse que, “quando voltou a si”, estava com as mãos no pescoço das mulheres. A baixa estatura chamou atenção dos policiais que trabalham nas apurações. Com apenas 1,55 m de altura, o suspeito não usou arma de fogo para executar as vítimas. De acordo com depoimentos prestados ao longo das investigações, afirmou que matou a advogada e funcionária terceirizada do Ministério da Educação (MEC) Letícia Sousa Curado, 26, e Genir Pereira de Sousa, 47, com as próprias mãos, por esganadura.

Policiais ouvidos pela reportagem afirmaram que, durante as oitivas, Marinésio não demonstrou arrependimento ou remorso por ter cometido os crimes. Lamenta por ter sido preso e pelas consequências da exposição dos fatos, principalmente por colocar como alvo da ira de populares a mulher e a filha.

Enquanto os casos não são relatados e remetidos à Justiça, o acusado segue preso na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Após ser ameaçado por outros internos, precisou ser isolado. O cozinheiro recebe apenas a visita do advogado.

Nessa quinta-feira (29/08/2019), Marinésio prestou depoimento por cerca de nove horas na DRS. A especializada apura o desaparecimento da empregada doméstica Gisvania Pereira dos Santos, 33. O maníaco negou envolvimento no caso e disse não conhecer a moradora do condomínio Nova Colina, em Sobradinho. No entanto, informações complementares prestadas por ele serão alvo de novas diligências.

Gisvania foi vista pela última vez em 6 de outubro de 2018, em um posto de combustíveis da BR-020. Desde então, o caso tem sido tratado com prioridade pela DRS. Outros possíveis suspeitos já foram interrogados. Os detalhes da investigação, no entanto, não podem ser revelados, pois o inquérito segue em sigilo.

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