Irmã de jovem morta no DF: “Não falava das ameaças para nos proteger”
Tatiele da Cruz Ferreira, de 25 anos, foi assassinada a tiros na manhã deste sábado (24/4), em Sobradinho II. Polícia investiga o caso
atualizado
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A família de Tatiele da Cruz Ferreira (foto em destaque) arrecadou dinheiro através de uma vaquinha para conseguir sepultar o corpo dela no Cemitério Campo da Esperança de Sobradinho II, nesta terça-feira (27/4). O horário do enterro ainda será marcado.
A jovem de 25 anos foi assassinada a tiros na manhã desse sábado (24/4), em frente ao Restaurante Comunitário de Sobradinho, na Quadra 8, Conjunto 12, do Setor Oeste da cidade.
A irmã dela, Tatiane Ferreira, contou ao Metrópoles que o corpo de Tatiele será sepultado ao lado da primeira filha dela, que morreu com 1 mês e meio de vida. “Nós fizemos uma vaquinha para conseguir pagar o enterro e, graças a Deus, muita gente ajudou e doou, porque era um desejo dela ser enterrada ao lado da primeira filha”, conta.
Jovem queria proteger os filhos
Tatiane criava os quatro filhos da irmã: as crianças têm hoje 1, 3, 5 e 6 anos de idade. Segundo ela, há cerca de um ano Tatiele vivia em casas de amigos, pois estava recebendo ameaças de morte e não queria colocar a família em risco. “Ela não nos contava o que estava acontecendo, qual o motivo, quem estava fazendo essas ameaças. Ela queria nos proteger”, diz.
“Era uma mãe ausente, mas queria proteger os filhos. Ela os amava e se preocupava muito. Todos nasceram prematuros, muito pequenos, e ela sempre se preocupou”, completa Tatiane.
De acordo com a irmã, os parentes agora desejam entender porque Tatiele morreu de forma tão brutal. “A família está muito indignada, pois não temos ideia de quem pode ter feito isso. A justiça vai ser o alívio para nós”, enfatiza.
“Descanse em paz”
Em publicação nas redes sociais, a irmã da vítima lamentou a morte dela.
Veja:
Desde que você era criança que meu coração bate mais forte. Sinto que somos irmãs inseparáveis, aliás, mesmo agora que…
Publicado por Tatiane Ferreira em Sábado, 24 de abril de 2021
O crime
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso por meio da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II). O crime é tratado, inicialmente, como homicídio.
A jovem vestia uma camiseta preta, short jeans e sandálias no momento do assassinato. Seu corpo foi encontrado pela polícia caído no chão, de bruços. Ao lado, havia uma bolsa preta, que guardava óculos e maquiagem. Os objetos foram devolvidos ao pai da vítima. Não havia documentos nem celular.
Conforme a PCDF, a vítima foi atingida por, pelo menos, três disparos de arma de fogo, sendo um na cabeça, um no pescoço e outro no ombro. Um laudo pericial ainda irá confirmar a quantidade de tiros.
Embaixo do corpo, a polícia encontrou ainda fragmentos metálicos de munição de arma de fogo, que serão avaliados pela perícia. Próximo ao local do crime, há uma câmera de segurança, que agora terá as imagens analisadas pelos investigadores.