Iprev: presidente será ouvida na CLDF após investigações de corrupção
Na última semana, PCDF e MPDFT deflagraram 2ª fase de operação que investiga corrupção no Iprev. Audiência na CLDF cobrará explicações
atualizado
Compartilhar notícia
Após deflagrada a operação que investiga um suposto esquema de corrupção no Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF), a diretora-presidente em exercício do órgão, Raquel Galvão, prestará esclarecimentos à Comissão de Fiscalização, Transparência, Governança e Controle da Câmara Legislativa (CFTGC/CLDF).
Raquel substitui Paulo Ricardo Andrade Moita, então diretor-presidente do Iprev-DF, afastado após a segunda fase da Operação Imprevidentes, deflagrada em 4 de outubro. Na data, as equipes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão.
A investigação que apura suspeitas de corrupção no órgão é comandada pela Polícia Civil (PCDF) e pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Raquel Galvão participará da audiência pública na CLDF na próxima segunda-feira (16/10), às 14h, para prestar informações cobradas pela CFTGC, presidida pela deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania).
Antes da operação, o grupo de trabalho da Câmara Legislativa havia pedido dados ao Iprev sobre diversas transações consideradas suspeitas, durante audiência em maio.
Na próxima sessão, na segunda-feira (16/10), a comissão questionará pontos como o baixo rendimento dos fundos administrados pelo instituto; a execução dos processos de credenciamento deles junto ao Iprev; a escolha daqueles em que serão aplicados recursos da instituição; e detalhes da estratégia usada na política de investimentos.
Segunda fase
As investigações que apuram supostas irregularidades analisam o chamamento para credenciamento de fundos de investimento e instituições financeiras. Após a primeira fase, surgiram suspeitas da participação de outros indivíduos em crimes de lavagem de dinheiro.
A PCDF verificou indícios do uso de contas de pessoas jurídicas vinculadas aos investigados, para fazer movimentações financeiras e pagamentos de despesas pessoais dos réus na ação penal decorrente da Operação Imprevidentes, a fim de ocultar valores obtidos de forma ilícita.
Paula Belmonte avalia que a audiência pública será uma oportunidade para o instituto levar à CLDF informações sobre as fases da operação deflagrada pela PCDF e pelo MPDFT. “Esperamos que o Iprev-DF realmente esteja comprometido em esclarecer todos os itens questionados e frutos da audiência pública que nossa comissão promoveu em maio deste ano”, destaca a parlamentar.
Na data da operação, o Iprev-DF informou, em nota, que colabora com as autoridades nas investigações e que tem se pautado pela transparência em todos os níveis, por meio da adoção das medidas necessárias para cumprir a missão de construir um “futuro previdenciário seguro aos beneficiários, com integridade, confiabilidade e sustentabilidade”.