Iphan recomenda retirada de cercas em volta das sedes dos Três Poderes
Em relatório, o órgão afirmou que cercas degradam a Praça dos Três Poderes e atrapalham a atividade turísticas e cívica
atualizado
Compartilhar notícia
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) recomendou que as cercas instaladas em volta dos prédios das sedes dos Três Poderes sejam retiradas. A orientação foi registrada no relatório final do instituto sobre os danos causados às sedes dos Três Poderes durante os atos de terrorismo em 8 de janeiro.
De acordo com o documento, a reinstalação das cercas afetam as atividades na Praça dos Três Poderes e degradam o ambiente.
“Verifica-se a reinstalação de cercas nos perímetros dos três edifícios afetados e da Praça dos Três Poderes, apesar da evidência de que estes elementos foram utilizados como armas para a destruição da arquitetura dos Palácios”, diz o órgão.
Ainda no documento, o Iphan afirma que os edifícios são tombados e, para a preservação, é necessária a retirada das cercas.
“Do ponto de vista da preservação desses edifícios tombados, medidas para a retirada desses elementos são necessárias, visto que degradam a ambiência da Praça dos Três Poderes, impactam nos bens culturais tombados, atrapalham a atividade turísticas e cívica, promovem o distanciamento de cidadãos ordeiros e não impede a ação de vândalos, conforme amplamente divulgado na mídia nacional e internacional”, completa.
Ainda de acordo com o documento, a única ação emergencial apontada pelo relatório preliminar que não foi iniciada até o momento foi a limpeza e recolhimento dos fragmentos de vidro sobre a maquete de Brasília do Espaço Lucio Costa. A situação chegou a ser mapeada pela equipe responsável, mas ainda não foi solucionada.
No Palácio do Planalto, as ações de restauro encontram-se em fase de planejamento, enquanto no Supremo Tribunal Federal, na Câmara e no Senado, foram executadas parcialmente.
O relatório traz uma série de fotografias atualizadas de como estão os espaços que foram alvos de vândalos no Congresso Nacional, Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e outros prédios que compõem o complexo da República.
O trabalho de restauração começou em 19 de janeiro e a equipe do Iphan acompanhou a evolução até 17 de fevereiro.