IPCA: preços caem mais que previsto, e DF tem deflação de 0,4% em junho
IBGE divulgou dados do IPCA, indicador oficial da inflação, nesta 3ª feira. Índice nacional registrou primeira deflação do ano (-0,08%)
atualizado
Compartilhar notícia
O Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) — indicador oficial da inflação — do Distrito Federal superou as expectativas de queda de 0,28%, e o resultado de junho marcou -0,40%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o registro na manhã desta terça-feira (11/7).
Em nível nacional, o IPCA também marcou deflação de 0,08% em junho. Essa foi a primeira queda de preços na base mensal do ano. A deflação se verifica quando há queda generalizada de preços de produtos e serviços, de maneira contínua no período considerado.
No DF, a queda foi puxada pelo setor de transportes (-1,15%), como esperada pela prévia da inflação oficial, o IPCA-15. O resultado se devia, principalmente, à queda verificada nos preços dos combustíveis.
Das 16 cidades pesquisadas, Brasília ocupa a quarta maior deflação no país, empatada com Fortaleza. Apenas Goiânia (-0,97%), São Luís (-0,62%) e Rio Branco (-0,50%) ficaram acima.
Artigos de residência (-0,64%), habitação (-0,55%), alimentação e bebidas (-0,45%) e comunicação (-0,34%) contribuíram para a queda dos preços na capital federal.
Na primeira categoria, as variações mensais de artigos de residência apresentaram as maiores quedas nos preços de eletrodomésticos e equipamentos (-2,22%); TV, som e informática (-2,03) e utensílios e enfeites (-0,61%).
No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, o destaque fica nos valores de TV, som e informática que marcou, respectivamente, os índices de -7,27% e -16,81%.
Os grupos de alimentos e bebidas que apresentaram as maiores quedas no DF foram tubérculos, raízes e legumes (-7,13%), óleos e gorduras (-3,26%) e frutas (-2,61%).
Já carnes e peixes industrializados (1,91%), sal e condimentos (1,28%) e açúcares e derivados (0,70%) são os que marcarem maiores altas em junho.
No ano, óleos e gorduras (-14,25%) e tubérculos, raízes e legumes (-13,15%) são os que tiveram maiores quedas de preço. Cereais, leguminosas e oleaginosas (7,40%) ocupam o posto de alimento com maior alta no período.
Nos últimos 12 meses, farinhas (15,78%), hortaliças (12,70) e sal e condimentos (12,07%) ocupam o pódio. Óleos e gorduras (-22,19%) é a categoria que teve a maior queda no período.
Na contramão, vestuário (0,35%), educação (0,24%) e despesas pessoais (0,17%) registraram alta no mês.
Para o cálculo do índice de junho, a pesquisa comparou os preços coletados de 30 de maio a 28 de junho de 2023, com os registros de 29 de abril a 29 de maio de 2023.
A população-objetivo do IPCA é referente a famílias residentes nas áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC, com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos.