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Investigações sobre rede de apoio a Lázaro em Goiás seguirão em sigilo

A informação foi dada pela Secretaria de Segurança Pública de GO em nota divulgada nesta terça-feira (29/6)

atualizado

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Lázaro Barbosa
1 de 1 Lázaro Barbosa - Foto: Reprodução

Em nota divulgada na noite desta terça-feira (29/6), a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) informou que as investigações relativas ao caso Lázaro serão mantidas em sigilo “para não comprometer a elucidação dos fatos”.

De acordo com a SSP-GO, a concentração dos inquéritos está a cargo de força-tarefa da Polícia Civil, composta por delegados da DIH, Deic e 17° DRP, sendo que a distribuição dos procedimentos se pautou na natureza dos crimes praticados.

A Polícia Civil de Goiás apura a existência de uma suposta rede criminosa de apoio a Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, durante os 20 dias que ele ficou foragido em território goiano após matar uma família em Ceilândia, no DF, no dia 9 de junho.

Lázaro morreu com 39 tiros, nessa segunda-feira (28), após resistir à prisãoOs policiais de Goiás dispararam 125 tiros antes de o criminoso ser morto em uma região de Águas Lindas (GO). A SSP-GO informou que o corpo do criminoso está disponível para família desde segunda, por volta das 18h, mas os familiares ainda não o buscaram.

A SSP-GO destacou ainda que ao final da operação, os diversos alimentos, cobertores e produtos de higiene recebidos pela força-tarefa foram doados: “Os produtos são fruto de parceria entre a sociedade, poder público e iniciativa privada, que contribuíram para o bem-estar dos profissionais, durante as buscas”.

Nesta terça, equipes da Polícia Militar de Cocalzinho de Goiás distribuíram kits com os itens para famílias em situação de vulnerabilidade social, do município. Máscaras N95, que também estavam à disposição dos policiais, foram entregues ao Corpo de Bombeiros da cidade.

Rede criminosa

A polícia quer esclarecer pontos nebulosos da relação do psicopata com uma suposta rede criminosa que pode explicar o terror espalhado pelo maníaco ao longo de 20 dias no DF e em Goiás. Crimes por encomenda, disputas de terras e especulação imobiliária estão entre as linhas a serem exploradas pelas investigações.

Há oito inquéritos abertos em Goiás sobre crimes praticados por Lázaro. O matador teria mais de 30 crimes nas costas – entre os quais, homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte), assaltos e estupros.

Outros sete inquéritos foram abertos pela Polícia Civil do DF (PCDF) por roubo, homicídio e estupros. Cinco são de 2021 e um de 2009. Todos em Ceilândia, região em que o psicopata morava com a mulher e a filha.

Durante os 20 dias de fuga após matar os Vidal, Lázaro invadiu chácaras, fez famílias reféns e baleou outras quatro pessoas, entre elas um policial.

Segundo o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, as investigações apontam que Lázaro agiria como jagunço e segurança, “um executor de ordens”. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), também falou na mesma linha: “Ele não é um lobo solitário. Tem uma quadrilha por trás”.

Outro fato que reforça a teoria é o dinheiro encontrado no bolso de Lázaro: R$ 4,4 mil. O dinheiro seria utilizado para o psicopata sair de Goiás, já que não havia interesse na rede que o acobertava que ele fosse preso e entregasse seus comparsas.

Na mochila do criminoso, também havia remédios, alimentos instantâneos e muita munição. Itens de difícil acesso pelo maníaco, que estaria escondido na mata durante o período que esteve foragido. O psicopata também estava com a barba feita e usava um agasalho da Polícia Militar do DF.

A área entre Edilândia, Girassol e Cocalzinho, em Goiás, onde Lázaro se escondeu por boa parte de sua fuga, também é alvo de especulação. A força-tarefa que procurava pelo criminoso chegou a falar que, com a presença dele na região, chacareiros e fazendeiros começaram a vender propriedades a preços mais em conta, o que poderia favorecer o enriquecimento de outras pessoas, como Elmi Caetano, 74, preso por ajudar o psicopata.

Outra ponta das investigações é o assassinato de um caseiro em Cocalzinho, dias antes da chacina da família Vidal. Segundo testemunhas, Lázaro chegou encapuzado e com colete à prova de balas. Entrou na propriedade atirando e não levou qualquer pertence da vítima. O inquérito está aberto, e uma execução não está descartada.

Ao ser questionado sobre a existência de um esquema de compra e vendas de lotes na região, ao qual Lázaro pudesse fazer parte, Rodney Miranda afirmou que as investigações trabalham em todas as linhas. “Temos várias linhas de investigação, e essa é uma delas. Nós entendemos que teve participação de outras pessoas. Ou no mando ou até na execução. Isso será esclarecido posteriormente”, complementou o secretário de Segurança Pública de Goiás.

Chacina no DF

O processo sobre o assassinato da família Vidal no DF também corre em sigilo. Nesta terça, o delegado Raphael Seixas, da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O/Ceilândia), falou sobre o caso. Ele disse que a Polícia Civil do DF (PCDF) ainda não descobriu a motivação para a chacina da família Vidal.

Segundo Raphael Seixas, trata-se de um “crime de difícil elucidação”, uma vez que as pessoas envolvidas morreram, não há testemunhas nem imagens de câmeras de segurança. “A morte do Lázaro Barbosa de Sousa realmente prejudica a investigação”, disse.

O delegado afirmou que não exclui a possibilidade de os Vidal terem sido assassinados por mais de uma pessoa, e por disputa de terras: Não posso entrar em detalhes, mas não descartamos qualquer possibilidade. Vamos checar todas as informações”, afirmou.

Família Vidal:

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Cláudio Vidal de Oliveira
Gustavo Marques Vidal
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Carlos Eduardo Marques Vidal

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Cláudio Vidal de Oliveira

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Gustavo Marques Vidal

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Cleonice Marques de Andrade

De acordo com ele, a autoria da chacina atribuída a Lázaro foi confirmada pelas digitais do criminoso encontradas na face interna de uma porta de vidro na chácara do Incra 9, em Ceilândia. Não há vestígios de outras pessoas.

No dia 9 de junho, Lázaro teria usado uma arma e uma faca para matar Cláudio Vidal de Oliveira, 48, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, após invadir a chácara da família. O assassino ainda levou a matriarca Cleonice Marques de Andrade, 43.

O corpo dela foi achado no dia 12 de junho na mesma região. O laudo indica que Cleonice levou um tiro na cabeça, teve a orelha cortada enquanto estava viva e há indícios de violência sexual.

A bala e a orelha não foram encontradas. O material biológico no corpo de Cleonice será confrontado com o DNA de Lázaro. “Há indícios de violência sexual e o exame vai determinar o que aconteceu exatamente”, explicou o delegado.

Crime por encomenda

Depoimentos prestados à PCDF por testemunhas durante as investigações da morte da família Vidal indicam que Lázaro não agia sozinho. Uma pessoa que teve a chácara invadida em 17 de maio no DF contou que o psicopata chegou a se desculpar “dizendo que tinham encomendado uma cabeça, mas que ele havia entrado na casa errada”.

Outra testemunha, parente dos Vidal, relatou que no ano passado, cinco ou seis integrantes da família venderam suas frações de terra que receberam de herança no Incra 9 para uma mesma pessoa. O depoente, por exemplo, vendeu a parte dele por R$ 1 milhão, o que demonstra o interesse imobiliário na região.

Advogado dos familiares da família Vidal, Fábio Alves acredita que Lázaro poderia ter outras motivações para a chacina que não fosse apenas roubar. “Briga por terras, crimes cometidos para comprar áreas mais baratas, vingança. Tudo isso deve ser apurado”, disse a0 Metrópoles.

 

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O maníaco foi levado ao Hospital Bom Jesus, mas não resistiu aos ferimentos
Secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda
Movimentação na base da megaoperação das buscas por Lázaro
Policiais foram aplaudidos pela população de Águas Lindas de Goiás
Cidadãos acompanharam a megaoperação policial para prisão de Lázaro. Ele foi morto durante troca de tiros
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Moradores soltaram fogos de artifício após a captura do maníaco

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O maníaco foi levado ao Hospital Bom Jesus, mas não resistiu aos ferimentos

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Secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda

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Movimentação na base da megaoperação das buscas por Lázaro

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Policiais foram aplaudidos pela população de Águas Lindas de Goiás

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Cidadãos acompanharam a megaoperação policial para prisão de Lázaro. Ele foi morto durante troca de tiros

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População aplaude policiais após captura de Lázaro

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Movimentação em Águas Lindas após captura de Lázaro

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Lázaro foi levado ao Hospital Bom Jesus, em Águas Lindas, após troca de tiros com a polícia

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Agentes no Siops de Águas Bonitas, em Águas Lindas, acompanham as últimas notícias sobre a prisão de Lázaro

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Ex-sogra de Lázaro Barbosa

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Lázaro Barbosa, foragido que mobilizou a polícia de GO e do DF em junho deste ano

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Yanka Romão/ Arte Metrópoles
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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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O maníaco foi levado ao Hospital Bom Jesus, mas não resistiu aos ferimentos

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Coronel da PMDF Jorge Eduardo Naime, ex-comandante do Departamento de Operações

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Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública de Goiás

Arthur Menescal/ especial para o Metrópoles

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