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Inversão na Epig: pedestres enfrentam risco de atropelamento na via

Desde que a faixa reversa no sentido Eixo Monumental passou a funcionar na Epig, dois pedestres foram atropelados ao tentar atravessar pista

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Faixa de pedestre improvisada causa acidentes na EPIG Metropoles 2
1 de 1 Faixa de pedestre improvisada causa acidentes na EPIG Metropoles 2 - Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

As obras na Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig), na altura do Sudoeste, têm causado transtornos não só para os motoristas que trafegam pela rodovia, mas também aos pedestres que se arriscam diariamente entre os veículos para atravessarem as duas pistas.

O Metrópoles flagrou nesta terça-feira (24/9) a dificuldade enfrentada pelas pessoas que se deslocam a pé na região, e que ficam em um fogo cruzado entre os automóveis para realizar uma travessia segura pela pista.

Segundo pedestres ouvidos pela reportagem, a situação piorou desde que uma nova faixa reversa, sentido Eixo Monumental, passou a funcionar na Epig, no dia 14 de agosto. Desde então, duas pessoas já foram atropeladas na faixa reversa.

No dia 20 de agosto, por volta das 6h24, um homem de 30 anos foi atropelado por um Audi/Q3, na faixa reversa da Epig. A vítima teve uma lesão na perna direita, e foi transportada para o Instituto Hospital de Base de Brasília (IHBB).

Para tentar assegurar uma travessia segura das pessoas, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) instalou faixas de pedestre nos dois sentidos da via. Todavia, a sinalização no chão não é garantia de que a intervenção é respeitada, isso porque só há placas que indicam a presença da faixa no sentido Estrada Parque Taguatinga (EPTG).

A faixa de pedestre foi instalada próxima ao início da faixa reversa e, em muitas das vezes, surpreende o motorista que acessa a faixa de rolamento, visto que não há placa alertando para a travessia de pessoas no local.

Por conta disso, muitas vezes os pedestres são visto entre os veículos, no meio da pista, tentando chegar ao outro lado da calçada.

Na manhã dessa segunda-feira (23/9), uma mulher de 38 anos também foi atropelada ao tentar atravessar a faixa de pedestre. Um carro que vinha na faixa reversa atingiu a vítima. Ela teve um corte superficial no membro superior esquerdo e escoriações pelo corpo.

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Veículos não param

Quele Cailane, 18 anos, trabalha em uma cafeteria no Sudoeste. Todos os dias, ela desce na parada de ônibus da Epig, sentido Eixo Monumental, e faz a travessia das duas pistas para chegar ao trabalho. Segundo a mulher, os veículos não respeitam a faixa de pedestre que foi instalada na região.

“Você pede para os carros pararem, eles não param. Teve uma vez também que eu quase fui atropelada. Sinalizei que ia passar, pensei que iam parar, mas não pararam. Fiquei entre o fluxo de carros indo e voltando, foi perigoso. Muitos motoristas não sabem da faixa de pedestre, e a gente acaba correndo um risco maior”, relata Quele.

A diarista Jucilene Batista, 48 anos, também enfrenta o mesmo problema como pedestre. “Agora a atenção tem que se redobrada. Se não prestar atenção, corre risco de ser atropelado. Acho que está faltando sinalização”, observa.

Para Sueli Dias, 43 anos, a dificuldade é ainda maior pela manhã, quando o fluxo de automóveis aumenta. “Teve uma pessoa que foi atropelada no mesmo dia em que eu estava passando. E aí, eu tenho aquele receio de acontecer comigo. Tá faltando placa e agentes de trânsitos ao longo do dia, porque eles costuma estar aqui só no período da manhã”, argumenta a empregada doméstica.

A dificuldade na travessia também perdura no período noturno e ganha mais um obstáculo: a falta de iluminação. “Por volta das 18h vira uma bagunça aqui. Não fica ninguém sinalizando. Tá péssimo. E fica escuro, porque não tem iluminação direito. Dá bastante medo”, comenta a dentista Laís Costa, 28 anos.

O que diz o GDF

Por meio de nota, o DER-DF  e a Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF informaram que têm adotado diversas medidas para garantir a segurança de motoristas e pedestres no trecho em obras da via EPIG, nas proximidades do Setor de Indústrias Gráficas.

“Entendemos que toda alteração no trânsito exige um período de adaptação, tanto para condutores quanto para pedestres. Diante disso, foram feitos ajustes pontuais na região, incluindo a instalação de faixa de pedestres, que visa assegurar a travessia segura dos pedestres. Além disso, reforçamos a sinalização ao longo de todo o trecho em obras, de modo a orientar adequadamente os motoristas”, esclareceram as pastas.

“A via EPIG também conta com fiscalização permanente dos agentes do DER, garantindo que as normas de segurança sejam respeitadas e que o fluxo de veículos ocorra de forma ordenada. Reforçamos nosso compromisso em zelar pela segurança de todos, monitorando a área e realizando ajustes sempre que necessário”, pontuaram os órgãos.

Faixa reversa

A faixa reversa, com 900 metros de extensão, tem início na altura da Quadra 102 do Sudoeste e se estende até o ponto onde está instalado o canteiro de obras, na entrada do SIG.

A medida vai minimizar os impactos no trânsito causados pelas obras de concretagem das duas faixas mais à direita da via, sentido Eixo Monumental.

O trecho-alvo desta intervenção viária faz parte da quarta etapa das obras de implantação do corredor BRT na Epig.

Nesse trecho, situado entre o viaduto Engenheiro Luiz Carlos Botelho Ferreira e o entroncamento do SIG, serão construídos dois novos viadutos em trincheira e duas passagens subterrâneas para pedestres – que darão acesso à estação de ônibus no canteiro central da via. Além disso, o trecho vai ganhar ciclovias, obras de drenagem, pavimentação, sinalização, paisagismo, calçadas e mobiliário urbano.

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