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Integrantes de evento apostam no blockchain para o futuro

Encontro, promovido pelo Metrópoles e pela Época, teve como tema: “Cibersegurança: usuários, corporações e nações sob ataque”

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André Borges/Especial para o Metrópoles
Evento-Cibersegurança-11
1 de 1 Evento-Cibersegurança-11 - Foto: André Borges/Especial para o Metrópoles

O quinto painel do tech talk “Cibersegurança: usuários, corporações e nações sob ataque”, evento promovido nesta segunda-feira (23/09/2019) pelo Metrópoles e pela revista Época, fala sobre “Blockchain como aliado das empresas”. Os participantes são Thiago Padovan, co-fundador da Blockchain Academy; e Alexandre Bonatti, diretor de engenharia de sistemas da Fortinet. O evento reúne os maiores especialistas e autoridades do país para debater questões sob três diferentes prismas: internautas, empresas e governos. Para acompanhar a iniciativa em tempo real, basta entrar no YouTube ou no Facebook do Metrópoles.

Padovan iniciou o bloco definido o blockchain: “É uma nova forma de as pessoas trocaram informação de forma segura. Começou com o bitcoin”, lembra o especialista. Bonatti concorda, mas lembra que, hoje, o conceito vai além. “Blockchain não é bitcoin e nem vice-versa. O que a tecnologia vai gerar nos próximos nos próximos 10 anos será maior do que a internet gerou nos últimos 20 anos”, assegura.

Segundo os especialistas, a informação registrada no blockchain é quase impossível de sofrer alteração. E isso pode ser usado por empresas de logística para saber de onde vem o produto, por exemplo. Padovan conta que a tecnologia permite financiamentos coletivos mundiais, mas o assunto ainda enfrenta entraves jurídicos e técnicos.

Lei Geral

Uma grande vantagem da tecnologia do blockchain, segundo Bonatti, é a contemplação das exigências da Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD). “Isso pode ser usado para documentos, como a identidade. Se a sua identidade está dentro do blockchain, ela é inviolável”, garante.

Bonatti citou o caso do sarampo. “Se as pessoas perdem a ficha de vacinação, como fica a prevenção?”, pergunta, lembrando que ele mesmo perdeu e, por isso, teve que tomar duas vezes. “O blockchain poderia ser usado para guardar a informação e economizar o gasto público. De acordo com ele, quando o blockchain estiver devidamente funcionando, pode ter acesso fácil aos governos. Padovan ressalta que a tecnologia pode trazer o poder para as pessoas disponibilizarem ou não as informações pessoais.
Para Bonatti e Padovan, o blockchain é uma porta de entrada da população para o mundo financeiro. O primeiro destacou que, no caso da Venezuela, o governo Maduro tomou as contas da população, mesmo de quem deixou o país. “Se houvesse o blockchain, a pessoa teria o dinheiro, independentemente, da decisão do governo”, explica.

A aplicação, porém, se dá no dia a dia das pessoas. Este ano, por exemplo, uma criança nasceu e teve a certidão de nascimento registrada em blockchain. “A tecnologia surgiu em 2009 e a comunidade ainda está aprendendo os potenciais da tecnologia”, argumenta Bonatti. O problema é que o blockchain nasceu com as criptomoedas, e o assunto ainda é uma zona cinzenta no mundo.

Mentalidade

O necessário, agora, é a a sociedade mudar a mentalidade sobre a guarda das informações. Segundo Bonatti, a tecnologia blackchain nasceu focada em segurança. Neste sentido, os dados vão estar armazenados em milhares de computadores. Os dados estarão criptografados e autenticados. “Todo dado inserido é inviolável. O poder computacional que a pessoa vai ter que ter é muito grande”, ressaltou. Assim, os ciberatacantes passaram a buscar os usuários, diretamente pelas senhas ou com chantagem.

Bonatti afirma que, no blockchain, as informações não somem nunca. E se houver uma tentativa de alteração, toda a cadeia do blockchain reage contra a possível adulteração. “A tecnologia pode ser usada inclusive no jornalismo, nesses tempos da ameaça das fake News e cópia de informações”, completa Padovan.

A aplicação oficial, inclusive, já ocorreu na Coreia do Sul. O país está usando blockchain em eleições. “Ou seja garantir a lisura do voto. Outra aplicação é para doações (de campanha)”, diz Bonatti.

Temas

Assuntos como dados pessoais roubados, computadores de empresas invadidos, governos sob vigilância e privacidade em xeque colocam a segurança digital como fonte de discussão constante. Por isso, a importância do encontro realizado no auditório da BioTic, no Parque Tecnológico de Brasília. No total, oito painéis discutiram diferentes tópicos sobre o tema. A abertura foi feita pelo presidente do Biotic, Gustavo Dias Henrique; e pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).

O presidente da Biotic S/A, Gustavo Dias Henrique, destaca a importância de eventos como esse. “A digitalização da economia brasileira traz enormes benefícios para governos, empresas e indivíduos, na medida em que encurta caminhos, conecta pessoas e gera inteligência através de uma enorme quantidade de dados. É justamente a abundância desses dados que gera também os grandes riscos que temos que combater. O desenvolvimento da cibersegurança, nesse sentido, é um campo de enorme oportunidade para novas tecnologias e novos profissionais. É esse o debate que queremos promover durante o evento promovido pela Biotic S/A, site Metrópoles e revista Época”.

Jefferson Santos/Unplash

Especialistas como o diretor da PSafe Emilio Simoni; o chefe do Centro de Defesa Cibernética, general Corrêa Filho; o CEO da Apura, Sandro Süffert; e o diretor de engenharia de sistemas da Fortinet, Alexandre Bonatti, estiveram entre os convidados. O jornalista especializado em vida digital Pedro Doria realizou um keynote sobre as principais questões relacionadas à privacidade no ambiente digital e os perigos de invasões em dispositivos como celulares. O apresentador Rafael Cortez conduziu o painel “Profissão: hacker” e conversará com dois ex-piratas da web que atualmente trabalham como consultores de segurança para empresas.

Confira como foi a programação

9h – Abertura

9h30 – 5G, IoT e as vulnerabilidades hiperconectadas
Emilio Simoni, diretor do Dfndr Lab – PSafe
João Gondim, professor de Ciências da Computação da Universidade de Brasília

10h30 – Ciberataque S/A: As empresas na berlinda
Ulisses Penteado, CTO da BluePex
Bruno Prado, CEO da UPX e VP da ABSec

11h30 – Privacidade, um luxo na vida digital
Keynote com Pedro Doria, jornalista especializado em tecnologia

14h – Profissão: hacker
O apresentador Rafael Cortez (ex-CQC) entrevista João Brasio e Wanderley Abreu, dois ex-piratas da internet que hoje atuam como consultores de segurança

15h – Blockchain como aliado das empresas
Thiago Padovan, co-fundador da Blockchain Academy
Alexandre Bonatti, diretor de engenharia de sistemas da Fortinet

16h – Panorama da segurança cibernética
General Corrêa Filho, chefe do Centro de Defesa Cibernética

17h – Saúde, LGPD e cibersegurança
Lídia Abdalla, CEO do Grupo Sabin
Rogerio Boros, diretor de Governo Federal e Saúde da Microsoft

18h – Ciberespionagem: uma ameaça real às nações
Sandro Süffert, CEO da Apura, presidente ABSec e membro da HTCia
Rodrigo Carvalho, perito de crimes cibernéticos da Polícia Federal

O evento é realizado pelo BioTIC e oferecido pelo Banco de Brasília e Sabin Medicina Diagnóstica.

 

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