“Insegurança tomou conta”, diz morador da 708 Norte após crime contra gestante
Crime ocorreu na 708 Norte nessa 4ª feira, e gestante segue internada. Polícia Civil informou que investigações estão avançadas
atualizado
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Depois de uma gestante de 23 anos, identificada pelas iniciais G.D.S, ser esfaqueada em um beco da 708 Norte, moradores da quadra relatam viver rotina de insegurança e medo perto do local onde ocorreu o crime.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) atendeu a vítima por volta das 8h dessa quarta-feira (21/12) e a levou às pressas para o Hospital de Base. A gestante apresentava ferimentos nas costas, no tórax e nos braços.
A reportagem apurou que a jovem, grávida de sete meses, continua internada na unidade de saúde, mas não há detalhes sobre o quadro da paciente. O crime é tratado como tentativa de homicídio, e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informa que avançou nas investigações.
Veja imagens do local:
A 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) investiga o caso. Os bombeiros informaram que a vítima sofreu quatro perfurações superficiais. Ela foi levada ao hospital consciente, estável, mas desorientada.
“Foi instaurado inquérito e estamos com as investigações avançadas. Infelizmente, para não trazer vulnerabilidade à eficácia investigativa, não podemos divulgar outras informações no momento”, afirmou o delegado-chefe da 2ª DP, João Guilherme.
O beco onde a vítima foi esfaqueada é frequentado por dependentes químicos, pessoas em situação de rua e traficantes diariamente, segundo moradores da quadra. Eles relatam, ainda, que o local também funciona como ponto de prostituição.
“Presenciamos crimes aqui todos os dias. Sabemos que essa jovem atuava como garota de programa e que sempre estava pelas redondezas. Cenas de violência, roubos e furtos são recorrentes. São muitos usuários de drogas que ficam por ali. Frequentemente, ouvimos discussões entre as pessoas. O tráfico e a insegurança tomaram conta”, disse um morador da quadra que, por motivo de segurança, pediu para não identificado.
Comerciantes também reclamam da situação. “Temos de fingir que não vemos tudo o que acontece para não nos tornamos alvo. Já cobramos solução para a segurança pública. Talvez, se o local fosse monitorado, esses crimes seriam evitados. O beco serve de esconderijo para bandidos, usuários de drogas e traficantes. É um local escuro, sujo e cheio de pichações”, descreveu outro entrevistado, que também não quis ter o nome divulgado.