Inmet emite alerta amarelo de tempestades para DF e Entorno
Os ventos podem chegar a 60 km/h. Há até chance de chuva com granizo, segundo o Instituto
atualizado
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A estiagem de quatro meses no Distrito Federal já foi deixada para trás e agora, dois dias depois das primeiras chuvas, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já emite alerta amarelo para risco de tempestades. Segundo a entidade, o aviso é válido até 23h59 deste sábado (17/9).
O risco é que a chuva varie entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia. Os ventos são intensos, de 40 a 60 km/h e pode haver queda de granizo.
Durante a tarde deste sábado, várias cidades no DF registraram chuva em maior ou menor intensidade.
Finalmente chuva
Depois de os moradores de Planaltina experimentarem o gostinho do fim da seca, residentes de pelo menos seis regiões do Distrito Federal tiveram a satisfação de ver a chuva voltar à capital. No fim da tarde dessa sexta-feira (16/9), Taguatinga, Vicente Pires, Águas Claras, Núcleo Bandeirante, Samambaia, Ceilândia e Recanto das Emas registraram precipitações.
Veja imagens:
☔ #AGORA: Chove em alguns pontos do DF, conforme previsto pelo #INMET.
🌧️ Há relatos de chuva em Ceilândia, Taguatinga e Recanto das Emas.
📷Amilton Silva Júnior/Taguatinga #chuva #DF https://t.co/0opxADxbwR pic.twitter.com/ZQTwGawmYS
— INMET (@inmet_) September 16, 2022
A CHUVA CHEGA A ÁGUAS CLARAS APÓS QUASE 200 DIAS DE SECURA NESSE DESERTO QUE É O NOSSO QUADRADINHO #bsb #brasilia #aguasclaras #ceilandia #taguatinga pic.twitter.com/RDB6QBfzxy
— Omo Odé 🐚🏹 (@leandropaivinha) September 16, 2022
A CHUVA CHEGA A ÁGUAS CLARAS APÓS QUASE 200 DIAS DE SECURA NESSE DESERTO QUE É O NOSSO QUADRADINHO #bsb #brasilia #aguasclaras #ceilandia #taguatinga pic.twitter.com/RDB6QBfzxy
— Omo Odé 🐚🏹 (@leandropaivinha) September 16, 2022
A empregada doméstica Maria da Silva, 61 anos, pegou emprestado o guarda-chuva do porteiro para sair do trabalho no fim do expediente desta sexta. “Eu prefiro chuva; sol só pra secar roupa”, afirmou.
Já a auxiliar de serviços gerais Maria Gorete Ferreira, 53, ficou surpresa com o fim da estiagem. “Fiquei muito surpresa com essa chuva. Estava muito quente, inclusive estou um pouco gripada devido a essa mudança de clima”, disse a mulher. “Acho bom que chova um pouco mais para abrandar esse calorão, a seca e as queimadas, né”, disse.
Maior seca da história
Brasília bateu recorde de maior período de estiagem dos últimos 52 anos, com 131 dias sem chuvas, nessa quinta-feira (15/9). Considerando-se, porém, todo o DF, o intervalo é de 121, segundo o Inmet. No fim de semana, há previsão de novos registros, ainda em áreas isoladas. Volumes maiores e em mais regiões da capital federal devem ocorrer a partir da última semana de setembro.
A expectativa dos brasilienses é de que a precipitação ajude a aliviar os recordes de temperatura no ano. Na quarta-feira (14/9), por exemplo, os termômetros marcaram 35,2ºC, o maior registro de 2022 até o momento. A umidade relativa do ar ficou abaixo de 12%.
A falta de chuva impulsionou, ainda, a queda no volume de água no reservatório do Descoberto — principal responsável pelo abastecimento hídrico do DF —, que atingiu 51,8% na quinta-feira (15/9), segundo a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa).
Apesar do percentual em queda, o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Pedro Cardoso, disse que o DF não terá falta de água, como ocorreu há cinco anos.