Influencer do Jogo do Tigrinho grava vídeo e diz: “Não garanto lucro”
Roberth Lucas, 22 anos, foi alvo de mandados de busca e apreensão por divulgar o jogo de apostas conhecido como Jogo do Tigrinho
atualizado
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O influenciador digital Roberth Lucas (foto em destaque), 22 anos, publicou um vídeo defendendo-se das acusações relacionado ao “Jogo do Tigrinho”. Ele e a esposa foram alvos de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), nessa quinta-feira (11/7).
No vídeo, ele afirma que não garante lucro e que avisa aos seguidores sobre a possibilidade de perder no jogo. “Estão falando como se eu ganhasse na perca [sic] de vocês, como se eu incentivasse vocês a apostar sem conscientizar vocês. Como se eu garantisse lucro. Quem me segue sabe que eu não garanto lucro”, disse Roberth pelas redes sociais.
O influencer e a esposa, Eduarda Cavalcante, 19, são investigados pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia). Os investigadores verificaram que o patrimônio de Roberth e Eduarda era incompatível com a qualificação profissional do casal, o que indica uma possível obtenção de bens com recursos ilicitamente recebidos pelas plataformas de jogos fraudulentos.
No cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam na casa de Roberth e Eduarda aparelhos celulares e um veículo de luxo, comprado com dinheiro de origem ilícita, segundo as investigações.
“Eu estou tranquilo, está tudo na mão de Deus, ele sabe do meu coração. Levaram meu carro, meu computador, meu celular, celular da minha esposa”, declarou Roberth. “Que todo mal caia por terra, toda inveja”, finalizou. Assista:
Jogo do Tigrinho
Segundo a PCDF, o jovem divulgava imagens de vários seguidores de suas redes sociais que, supostamente, teriam ganhos substanciosos com o jogo, de modo a parecer que era seguro o uso da plataforma e que os saques dos valores seriam garantidos.
Em seguida, o influenciador disponibilizava um link para que os seguidores pudessem fazer as apostas com a promessa de obter lucros.
No entanto, no link disponibilizado era de uma plataforma manipulada para que os criadores saíssem no lucro. Dos valores apostados pelo link disponibilizado, um percentual, ainda a ser investigado, era repassado ao influenciador,
A prática, segundo a PCDF, é configurada como obtenção de vantagem financeira indevida às custas de outras pessoas.