Indiciado por atropelar e matar cadela diz não ter visto o animal
Segundo Rafael Carlos Costa Resende, a via era mal iluminada e o veículo muito alto para perceber a cadela
atualizado
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O homem indiciado por maus tratos após perseguir, atropelar e matar uma cadela no Setor de Mansões Park Way (SMPW) disse, em oitiva à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que não percebeu ter passado por cima do animal. Ele foi identificado como Rafael Carlos Costa Resende, 40 anos.
Conforme contou em depoimento, Rafael foi até o condomínio para pegar informações acerca de uma tenda que estava sendo anunciada por uma outra moradora do local. Segundo ele, a iluminação da área era ruim e, por isso, não conseguia achar a casa correta.
Após encontrar a mulher que procurava, Rafael contou que saiu com a caminhonete em uma “velocidade normal e compatível com aquela via”. Ele teria visto o dono da cadela acenando com as mãos, mas não entendeu o que era e apenas continuou dirigindo.
Confira os frames
Segundo o motorista, “em momento algum, percebeu que havia atropelado qualquer tipo de animal”. Ao se defender, lembrou que a altura do veículo impedia que fosse possível perceber a cadela, ainda mais porque olhava para o homem que acenava naquele momento.
Imagens revoltantes
Como o Metrópoles revelou, o vídeo mostra Margô indo atrás de uma motocicleta e recuando após ser chamada pelo dono. Poucos segundos depois, ela volta correndo, mas dessa vez com uma caminhonete em alta velocidade em seu encalço. Pelo vídeo, fica claro que o condutor não freia, mesmo com a cadelinha à sua frente. O animal morreu na hora.
Veja o vídeo:
Entenda
Jairo Rodrigo de Oliveira, 43 anos, dono do animal, conta que a cadela foi até o portão e começou a latir pedindo para sair na noite de terça. Ele abriu o portão e ficou observando. “É noite de feriado, então fui deixar ela andando um pouco. Passou uma moto, eu chamei e a Margô parou de correr. Só que depois veio uma caminhonete: eu gritei, abanei as mãos e o motorista simplesmente acelerou”, lamenta.
Para o companheiro de Margô, o fim do convívio é o que o deixa “destroçado”.
“Eu queria ter um sentimento de revolta, mas não consegui ter. Mas fica um buraco, um vazio. Eu estou trabalhando agora, vou chegar em casa e sei que minha cachorrinha não vai estar lá para brincar com a gente. Não vai ter isso: ela pulando, pedindo o biscoitinho, ficando perto da gente”, desabafa.
Jairo pede que seja feita justiça após as apurações. “Quero que o responsável pague com as leis que tem hoje no país pelo que ele fez com a minha cachorra”, reivindica.