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Indiciado no Caso Naja, ex-comandante do BPMA acusa PCDF: “Uma baixaria”

Ao Metrópoles, o major Joaquim Elias disse que a forma com que a 14ª Delegacia de Polícia lidou com o caso não foi correta

atualizado

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Ivan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução
ensaio com naja zoológico de Brasília
1 de 1 ensaio com naja zoológico de Brasília - Foto: Ivan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução

A Polícia Civil do DF (PCDF) indiciou 11 pessoas por crimes ambientais no inquérito que apura o suposto tráfico de animais exóticos na capital do país. Um dos acusados, o major Joaquim Elias, ex-comandante do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), disse ao Metrópoles, nesta quinta-feira (13/8), que não chegou a ser ouvido pela PCDF. Segundo ele, a PM fez um “trabalho perfeito”.

“Foram colocadas coisas muito pesadas pela Polícia Civil com relação a mim”, comentou. Para ele, a forma com que a 14ª Delegacia de Polícia (Gama) lidou com o caso foi “uma baixaria”.

“Se eu tivesse levado [o caso] para a Dema (Delegacia do Meio Ambiente), com certeza não tinha dado esse trabalho, essa baixaria que deu. Já levamos outras situações para a Dema e nunca deu essa baixaria. Porque isso aí foi baixaria, foi querer aparecer para a televisão e me vinculou numa situação dessa”, enfatizou.

O major Elias foi indiciado por prevaricação, fraude processual, associação criminosa e coação no curso do processo. Segundo acredita, a acusação se deu porque há “uma questão de ciúme e vaidade” em cima da Polícia Militar por parte de outras corporações.

Em sua defesa, ele ainda declarou que o trabalho do BPMA foi necessário para a desarticulação da rede de tráfico de animais. “Graças ao nosso batalhão, ao nosso empenho, à minha dedicação pessoal com o batalhão, ao meu compromisso com a instituição e com a causa ambiental é que esses animais não foram soltos. Tudo se descobriu através de nós.”

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Na ocasião, ele estava no apartamento onde mora com a mãe e o padrasto, no Guará
O estudante de veterinária foi picado pela Naja que criava ilegamente
O rapaz chegou a ficar em coma após a picada da serpente
Nas redes sociais, ele ostentava fotos com diversos tipos de animais silvestres
A polícia investiga a suspeita de que o rapaz tenha envolvimento com o tráfico de animais no DF
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Pedro Krambeck chegou a ser preso pela Polícia Civil do DF

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Na ocasião, ele estava no apartamento onde mora com a mãe e o padrasto, no Guará

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O estudante de veterinária foi picado pela Naja que criava ilegamente

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O rapaz chegou a ficar em coma após a picada da serpente

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Nas redes sociais, ele ostentava fotos com diversos tipos de animais silvestres

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A polícia investiga a suspeita de que o rapaz tenha envolvimento com o tráfico de animais no DF

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Pedro foi detido no apartamento onde mora no Guará

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Policiais na casa de Pedro na manhã do dia 29 de julho

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No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

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Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

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A Naja não é uma cobra típica do Brasil

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Zoológico de Brasília fez ensaio fotográfico com cobra que picou estudante

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Brasil não tem soro para o animal

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A serpente não é natural de nenhum habitat brasileiro

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A Naja foi transferida para o Butantan, em SP

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No Zoo de Brasília, serpente ganhou espaço próprio para sua espécie

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Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília
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Delegado William Ricardo

Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles

À reportagem, ele ainda ressaltou que não conhecia o estudante de medicina veterinária Gabriel Ribeiro, 24 anos, quando o batalhão apreendeu a cobra Naja. O jovem foi quem escondeu a serpente perto do Shopping Pier 21, no Lago Sul. “Eu não tinha informação nenhuma sobre ele”, disse o militar.

“Eu poderia ter falado: ‘Vamos lá que você entrega para mim, ninguém vai ver’. Mas, durante todo o dia, eu fiquei tentando pegar essa serpente e se eu falasse para o rapaz que eu iria prendê-lo, ele não apareceria e nem essa serpente apareceria”, explicou.

Mais cedo, em coletiva de imprensa ocorrida nesta manhã, o delegado Willian Ricardo, da 14ª DP afirmou que o BPMA ofereceu uma “vantagem” a Gabriel Ribeiro quando não o encaminhou para uma delegacia após o estudante entregar a cobra naja aos militares.

“Em relação à entrega ao BPMA, a vantagem obtida pelo rapaz seria a sua não condução à delegacia. ‘Simplesmente achamos a cobra, pronto, acabou’. E ele não apareceria como o amigo que teria, então, sido responsável por guardar e sumir com esses animais”, assinalou o delegado.

Ainda de acordo com o major Elias, a Polícia Civil estaria tentando colocar a PMDF em “descrédito”. “Quem pegou a ocorrência e fez um trabalho excelente foi a Polícia Militar. Essa situação não está simplesmente relacionada à questão dessa ocorrência em si. É uma tentativa de colocar em descrédito, de desestabilizar a nossa instituição, a Polícia Militar como um todo”, defendeu.

Após o indiciamento, o major Elias disse que agora conta com apoio de colegas de trabalho e que “tudo será esclarecido” pela Justiça. “O nosso trabalho foi perfeito, digno de uma grande polícia e quem dá o veredicto será o Ministério Público. Teremos o nosso direito de resposta e vamos ser ouvidos.”

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