Incêndio no Parque Nacional está parcialmente controlado, diz CBMDF
Vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), participou de coletiva de imprensa na Água Mineral, na manhã desta 3ª feira (17/9)
atualizado
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Com dois focos de fogo subterrâneo ativos, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federa (CBMDF) continua o combate ao incêndio que destrói o Parque Nacional de Brasília, nesta terça-feira (17/09). As chamas atingem a reserva ecológica desde domingo (15/09). A corporação afirmou que, apesar dos focos, o fogo está parcialmente controlado.
O comandante operacional do CBMDF, coronel Pedro Aníbal, afirmou que os focos estão restritos à matas de galerias e cerca de 150 bombeiros trabalham nos locais, além de 450 homens disponíveis para fazer o rescaldo e a vigilância para que o fogo não volte a propagar.
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), também participou da coletiva de imprensa na sede do Parque Nacional e disse que os dois focos ainda exigem atenção por parte dos bombeiros. “Nós queremos lembrar: esse é somente um dos 144 focos de incêndio florestal que nós tivemos aqui no DF, de ontem para hoje”, afirmou Celina.
“A melhor prevenção que nós podemos ter é a ajuda de todas as pessoas que estão fazendo isso. Por maior que seja a prevenção, a ação humana consegue deter qualquer protocolo de prevenção. O objetivo do governador Ibaneis Rocha, nesse momento, é a ação rápida da nossa segurança pública para conseguir identificar a motivação desses incêndios no Distrito Federal”, acrescentou Celina.
A fumaça, fuligem e a névoa seca cobriram grande parte da capital brasileira e a qualidade do ar atingiu um nível “perigoso e péssimo” para a saúde da população.
O incêndio que assola o Parque Nacional de Brasília desde domingo já destruiu uma área de 2,4 mil hectares, segundo o Instituto Chico Mendes (ICMBio).
Nessa segunda-feira (16/9), a Polícia Federal (PF) também abriu inquérito para apurar o que teria causado o incêndio no parque.
Fumaça no céu
Por mais um dia, o céu do Distrito Federal ficou encoberto, principalmente em decorrência da fumaça de incêndios em vegetação registrados na capital do país. O cenário fez a qualidade do ar piorar nesta terça, e diversas áreas – especialmente as mais próximas à região do Parque Nacional de Brasília – ficaram invisíveis sob uma densa névoa.
O site de monitoramento em tempo real da qualidade do ar AQICN.org acompanha esses dados em três pontos do Distrito Federal: em Águas Claras, na Asa Norte e em Santa Maria. Os resultados verificados por volta das 7h40 (horário de Brasília) demonstraram as seguintes classificações: “insalubre” (monitor de Águas Claras) – principalmente para grupos sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas; “perigoso” (Asa Norte); e “moderado” (Santa Maria).
No caso do site da empresa suíça IQAir, a atualização mais recente ocorreu à 1h desta terça-feira (17/9). O monitoramento, que se baseia em dados obtidos via satélite, classificou a qualidade do ar como “insalubre para grupos sensíveis”.
Além disso, a concentração de partículas finas do tipo PM 2,5 – material leve e minúsculo o suficiente para permanecer suspenso na ar – estava em nível 11 vezes pior do que o valor de referência anual para a qualidade do ar definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas partículas, inclusive, podem gerar riscos à saúde, em curto e longo prazos, em caso de inalação.
Também com monitor na Asa Norte, o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) verificou, na avaliação mais recente desta terça-feira (17/9), às 7h54 (horário de Brasília), que a qualidade do ar estava em nível “péssimo” – o mais alto da escala.