Idoso de 81 anos com fêmur quebrado aguarda por cirurgia: “Definhando”
Emidio Silveira caiu no chão ao se desequilibrar em casa. Depois de ser liberado pelo médico, precisou retornar para aguardar cirurgia
atualizado
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A família de um idoso, de 81 anos, denuncia que o paciente está internado há um mês no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) à espera de uma cirurgia ortopédica, após fraturar o fêmur. Emidio Silveira (foto em destaque) caiu em 30 de outubro, dentro de casa, e não consegue mais andar.
Segundo a filha de Emidio, Ediane Maria da Silveira Cavalcanti, 47, o sofrimento começou quando o pai caiu ao se desequilibrar. A moradora de Ceilândia levou o pai ao hospital, mas o idoso foi liberado pelo médico no mesmo dia.
“A negligência começou quando o médico ortopédico liberou meu pai para voltar para casa. O médico viu o Raio-X, a fratura estava visível, mas ele não percebeu e disse que meu pai estava bem. Isso fez com que só agravasse mais o caso”, comenta Ediane.
Depois de 17 dias, a mulher levou o pai a um hospital particular para refazer o exame de imagem. Com o diagnóstico de fratura grave, Emidio retornou ao HRC, em 17 de novembro, para aguardar a cirurgia ortopédica. Desde então, segue internado.
“Meu pai teve um surto neurológico, porque ele quer ir para a casa. Ele não entende essa demora toda para a cirurgia, nem nós entendemos. Queremos saber até quando vai ser assim? Meu pai vai ter que morar no hospital agora? Ele está definhando por conta dessa situação na rede pública”, lamenta a professora.
Nesta segunda-feira (19/12), Emidio tinha um exame marcado no Hospital das Forças Armadas (HFA) para analisar os riscos cirúrgicos, mas não havia ambulância para transportar o idoso até a consulta. Agora, ele terá de remarcar os exames.
O que diz a Saúde
Em nota, a Secretaria de Saúde do DF esclareceu que o paciente está aguardando a realização de um ecocardiograma para completar o risco cirúrgico e ser marcada a cirurgia.
“É importante destacar que, por se tratar de um paciente idoso, é necessário que todos os exames sejam avaliados por especialistas a fim de diminuir os riscos de um procedimento cirúrgico”, escreveram.
A pasta ressaltou que, enquanto aguarda, o paciente está sendo assistido pela equipe médica do hospital, de acordo com seu quadro clínico.