Idosa de 64 anos ferida após queda de árvore na Asa Norte sai da UTI
Terezinha de Jesus Fernandes está se recuperando bem, segundo a família, e passou a noite no quarto do Hospital de Base
atualizado
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Após 21 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base, a mulher de 64 anos atingida por uma árvore enquanto colhia acerolas na altura da quadra 709 da Asa Norte foi transferida para o quarto. Terezinha de Jesus Fernandes passa bem após ser submetida a uma série de cirurgias por ter ossos quebrados.
Uma vez que ela precisou utilizar muitas bolsas de sangue, a família vem mobilizando amigos para que seja feita doação em massa a fim de repor os estoques. “Mesmo que não seja o mesmo tipo sanguíneo, não tem problema. Uma pessoa só pode doar uma bolsa a cada três meses e minha mãe, só nos primeiros sete dias, utilizou cinco”, comenta.
O procedimento mais delicado pelo qual ela passou foi no quadril, no domingo (13/12). Foi necessário esperar todo esse tempo para que as plaquetas subissem.
“Mamãe já está no quarto. Passou a noite bem e já começou a atualizar as mensagens do celular. Obrigada pelo carinho e orações.”, comenta a filha de Terezinha, Greice Fernandes.
O acidente
Lucas Nunes, 26 anos, passava de carro pelo local no momento do acidente. Ele viu a árvore caindo e muitas crianças correndo. “Joguei o carro num espaço que tinha ali e desci para ver se tinha alguém embaixo”, relata.
Ao perceber que a mulher estava machucada, ele usou os conhecimentos adquiridos quando caiu de moto para ajudar a vítima. “Deitei no chão, conversei com ela e não deixei que se movesse. Tentei dar uma tranquilidade”, comenta.
Veja imagens:
Terezinha pediu para falar com a filha Greice, que logo foi ao local. O susto acabou se transformando em revolta, uma vez que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda não tinha chegado. “Eu, tendo que reduzir em pardal e parando em sinal, acabei chegando antes do Samu”, reclamou Greice. Após mais alguns minutos, o resgate chegou e Terezinha foi levada ao Hospital de Base.
“Minha família ainda está destroçada. Ainda não temos condições de passar por outra coisa assim”, lamentou Greice. Ela acusa o governo de omissão, ao não podar ou remover das áreas verdes do Distrito Federal árvores com risco de queda. “Não estava chovendo ou ventando. O que houve ali? Não viram que [a árvore] estava podre ou que precisava de uma poda?”, questionou.
O que diz o GDF
Procurada, a Secretaria de Saúde, que responde pelo atendimento do Samu, comentou, por meio de nota, a ocorrência. “No momento da ligação, a vítima estava consciente. Imediatamente foi encaminhada ambulância do Samu ao local, com classificação severa, e uma viatura do Corpo de Bombeiros, em apoio. Foi realizado protocolo de trauma e a vítima foi encaminhada com classificação severa ao Hospital de Base”, resumiu.
Já a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) não disse se a árvore era condenada ou o motivo por não ter sido retirada ou podada antes do acidente com Terezinha.