IBGE: entre trabalhadores com menores rendas do DF, 78,1% são negros
Dados do IBGE mostram “clara disparidade de rendas” de brancos e negros. Entre os 10% com menores rendimentos no DF, 78,1% são negros
atualizado
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Entre a população com menores rendimentos domiciliares no Distrito Federal, 78,1% são negros. O número faz parte de uma série de dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (6/12).
A pesquisa analisou o rendimento domiciliar per capita da população com recortes por cor ou raça. “Foi possível observar uma clara disparidade de rendas ao se comparar brancos com pretos ou pardos”, divulgou o IBGE. Entre os 10% dos moradores do DF com menores rendas, 21,3% de brancos e 78,1% de pretos ou pardos. Já entre aqueles 10% com maiores rendimentos, a situação foi oposta: 63,7% eram brancos e 35,2% eram pretos ou pardos.
“Os brancos são os que têm os maiores rendimentos (R$ 3.847), valor 75,4% maior do que o dos pardos (R$ 2.193) e 82,0% maior do que o de pretos (R$ 2.114)”, traz a pesquisa. O levantamento revela dados de 2022 e uma comparação histórica dos últimos 10 anos.
Na análise do desemprego, as taxas de desocupação foram de 12,3% para pretos ou pardos contra 9,7% para brancos. Entre homens e mulheres, o desemprego delas foi de 12,7%, enquanto para eles, 10,1%.
Dados do IBGE
O trabalho informal cresceu consideravelmente entre a população em geral do DF. O IBGE considera formal aquele empregado com carteira de trabalho assinada, trabalhador doméstico com carteira de trabalho assinada, militar, funcionário público estatutário, conta própria e empregador que contribuem para a previdência social. Entre ocupados, 67,2% eram formais, menor taxa dos últimos dez anos.
O maior percentual de trabalhos formais no DF da série histórica da década foi em 2015, com 74,5%. Já em relação ao rendimento geral da população, o morador da capital do país empregado ganha uma média de R$ 4.226 mensais, valor mais alto entre todas Unidades da Federação, mas representando o menor valor da série, sendo 15,4% menor quando comparado com o de 2015, maior da série, que foi de R$ 4.993.