IBGE: brasilienses em teletrabalho atuaram menos tempo e ganharam mais
Em 2022, média salarial de quem fez teletrabalho no DF foi de R$ 9 mil; profissionais que aturaram presencialmente receberam R$ 4 mil
atualizado
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Em 2022, cerca de 16,7% das pessoas empregadas no Distrito Federal fizeram teletrabalho. E esses profissionais receberam mais que o dobro do salário em relação àqueles que trabalharam presencialmente, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (25/10).
O levantamento mostrou que a média salarial de quem atuou em teletrabalho ficou em R$ 9,1 mil — 106% a mais na comparação com quem assumiu as funções presencialmente. No caso desse segundo grupo, o resultado referente aos rendimentos foi de R$ 4,4 mil.
Ainda de acordo com o IBGE, as pessoas em teletrabalho se dedicaram aos serviços cerca de 38,8 horas por semana. Já os profissionais em atividade presencial atuaram cerca de 40 horas semanais.
O IBGE define teletrabalho como a “realização das atividades laborais de forma remota e com o uso de tecnologia — computadores, tablets, e telefones, entre outros”, independentemente do ambiente.
O instituto, porém, enfatiza que os indicadores não indicam, necessariamente, o maior rendimento dos teletrabalhadores como consequência da função remota, mas que o perfil predominante dos profissionais dessa modalidade está correlacionado a maiores rendimentos.
“[Os resultados se dão] em razão de fatores diversos, tais como: ocupações relacionadas a maior nível de escolaridade; empresas inseridas em atividades que pagam maiores remunerações; existência de estrutura para o teletrabalho no próprio domicílio, a qual costuma ser cara e, muitas vezes, não é custeada pela empresa; disponibilidade de acesso e de pagamento para internet de qualidade, entre outros”, destacou a pesquisa.
Em 2022, das 1,5 milhão de pessoas empregadas no DF, 365 mil trabalharam em casa. E, entre as 257 mil que atuaram remotamente, 250 mil (97,3%) estavam no próprio domicílio.