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IBGE: 100 mil brasilienses não praticaram nenhum isolamento em outubro

O estudo também flagrou a queda na quantidade de residentes do DF que cumprem com rigor a medida de distaciamento social

atualizado

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Aglomeração
1 de 1 Aglomeração - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A ameaça de 2ª onda da pandemia do novo coronavírus no Distrito Federal é precedida por intenso relaxamento no isolamento social. Em julho, 49 mil pessoas não praticaram medida alguma para manter o distanciamento. Já em outubro, o número saltou para 100 mil, configurando incremento de 104%.

Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios da Covid-19, divulgada em 1º de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Percentualmente, a taxa de pessoas que não fez quez qualquer tipo de isolamento na capital do país avançou 1,6% para 3,3% do total da população do DF.

O estudo também flagrou a queda na quantidade de residentes no DF que cumprem com rigor a medida. Em julho, eram 701 mil. Mas, em outubro, apenas 401 mil. Ou seja, uma retração de 42,8%.

Segundo a pesquisa, ainda houve aumento considerável de pessoas que reduziram o contato, mas continuaram recebendo visitas e saindo de casa. Em julho, elas somavam 794 mil. No fim de outubro, 1.241.000.

O número de pessoas que ficaram em casa e só saíram por necessidade básica teve leve retração. Ao longo de julho, foram cerca de 1.456.000. Em outubro, 1.287.000. Em termos percentuais, passaram de 47,7% para 42% da população.

Para fazer a pesquisa, não apenas no DF, mas em todo Brasil, o IBGE aplicou questionários em 193,6 mil domicílios distribuídos em 3.364 municípios. Cerca de dois mil agentes participaram do levantamento.

Isolamento menor

Na avaliação do diretor científico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José Davi Urbaez, o isolamento social pode ser ainda menor no DF. “Pela metodologia aplicada pelo IBGE, as pessoas respondem por telefone. E para ficar bem na fita, muitas podem ter dito que praticaram mais isolamento do que, de fato, fizeram”, argumentou.

Na avaliação do especialista, o número de pessoas circulando pelo DF aparenta ser ainda maior. E, no caso da Covid-19, a mobilidade é um fator preponderante para a infecção.

Desde o início da pandemia, o Metrópoles vem mostrando o desrespeito de parte da população com o distanciamento social e com as recomendações de biossegurança, a exemplo do uso da máscara e do álcool em gel, diretrizes apresentadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O descumprimento das medidas de biossegurança foi um dos motivos para o governador Ibaneis Rocha (MDB) retomar medidas mais severas, a exemplo do recente decreto determinando o fechamento de bares e restaurantes às 23h.

Quase 4 mil vidas perdidas

Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, até as 17h de quinta-feira (3/12) foram notificados no DF 231.426 pessoas com a Covid-19. Deste total, 220.483 estão recuperadas e 3.962 morreram. Ou seja, quase 4 mil vidas perdidas. Entre as mortes, 320 são de outras unidades da federação que se tratavam em hospitais da capital do país.

A média móvel de mortes permaneceu estável, em 7. Na comparação com o número registrado há 15 dias, houve aumento de 6%.

 

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