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Ibaneis volta a defender concessão do Metrô, em greve há quase 150 dias

O governador afirmou que espera concluir a concessão da estatal para entregar o metrô à iniciativa privada ainda neste ano

atualizado

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Ibaneis Rocha na assinatura da ordem de serviço para construção do Hospital Oncológico de Brasília
1 de 1 Ibaneis Rocha na assinatura da ordem de serviço para construção do Hospital Oncológico de Brasília - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A greve dos metroviários no Distrito Federal completa cinco meses no próximo domingo (19/9), e já é a maior de toda a história da Companhia do Metropolitano (Metrô-DF). Na manhã desta terça-feira (14/9), após o descarrilamento de um carro do metrô na noite de segunda (13), o governador Ibaneis Rocha (MDB) voltou a reforçar a necessidade de entregar a estatal à iniciativa privada.

“O metrô precisa de muitos investimentos. Nós só vamos conseguir fazer esses investimentos a partir da concessão. Estamos trabalhando para resolver. Hoje, o processo está no Tribunal de Contas e abriu vista para a secretaria prestar os últimos esclarecimentos. A gente espera concluir esse processo de concessão, ainda neste ano, para trazer melhoria efetiva para a população”, pontuou o chefe do Palácio do Buriti durante a cerimônia de boas-vindas aos 1,8 mil novos integrantes do programa Jovem Candango.

Descarrilamento

A Estação Central esteve fechada durante as primeiras horas da manhã desta terça, e foi aberta às 9h. O vagão saiu dos trilhos entre as estações Central e Galeria na noite de segunda.

Nas primeiras horas desta manhã, apenas 10 trens estavam em operação.

“A manutenção do trecho entre as estações Shopping e Asa Sul continua durante o dia de hoje, com restrição de velocidade. O Metrô-DF lamenta pelos transtornos e agradece a compreensão dos usuários”, diz a nota do Metrô-DF.

A Companhia do Metropolitano disse, também por meio de nota, que foi aberta uma investigação para saber o que provocou o descarrilamento, mas, até a última atualização desta reportagem, não havia identificado o que teria causado o acidente.

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Greve

Em agosto, o governador já havia se pronunciado sobre a privatização. Na ocasião, o emedebista afirmou que a paralisação trata-se de greve política contra a concessão da estatal.

Em paralisação desde 19 de abril, os empregados da empresa iniciaram o movimento pedindo a manutenção dos planos de saúde, vale-alimentação e pagamento da “quebra de caixa”.

Desde o início, a possibilidade de acordo só reduziu ao longo do movimento. Além disso, o ponto dos paredistas foi cortado e toda a categoria segue sem benefícios desde abril. O caso é analisado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Até então, a greve mais longa no Metrô-DF havia ocorrido em 2017, no governo de Rodrigo Rollemberg (PSB). O pedido era similar: manutenção do acordo coletivo mais reajuste dos salários de acordo com a inflação. À época, salários também foram cortados, houve intensa negociação e os benefícios básicos se mantiveram.

Em 2019, houve nova greve para cumprimento do acordo coletivo. Em 2021, no entanto, os benefícios foram todos cortados, sem previsão de retorno. Os acordos precisam ser renovados a cada dois anos para terem validade. Por isso, o Metrô cortou todos os benefícios em abril, quando não houve negociação.

Enquanto isso, o serviço prestado à população fica em 80% dos trem rodando em horários de pico, conforme decisão judicial, e 60% nos horários normais. A população tem sofrido com vagões cheios e alto risco de contaminação por Covid-19.

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