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Ibaneis sobre vacinação de crianças nas escolas: “Nada é obrigatório”

Governador confirmou a vacinação nas escolas, conforme a Secretaria de Saúde já havia divulgado na quinta-feira (3/3)

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Criança está sentada enquanto alguem aplica uma seringa no braço dela-Metrópoles
1 de 1 Criança está sentada enquanto alguem aplica uma seringa no braço dela-Metrópoles - Foto: Getty Images

O governador Ibaneis Rocha (MDB) confirmou, na manhã desta sexta-feira (4/3), a vacinação infantil contra a Covid-19 nas escolas. Ainda não está prevista data de início, mas, segundo o chefe do Executivo local, a imunização volante será dividida por regional de ensino e não será obrigatória.

“Nós vamos fazer por regionais [de ensino]. Tive uma conversa com o secretário de Saúde ontem e vamos fazer um trabalho itinerante nas escolas regionais para facilitar a vida daquelas famílias que queiram vacinar seus filhos. Nada é obrigatório”, frisou.

A informação não é novidade. Na coletiva de imprensa da última quinta-feira (3/3), realizada pela Secretaria de Saúde, o general Manoel Pafiadache divulgou que as equipes volantes comparecerão às unidades de ensino, e a programação será montada junto à Secretaria de Educação.

GDF usará equipes volantes para vacinar crianças em escolas

“E a gente espera que haja conscientização no sentido de que a vacina é a única maneira que temos de realmente afastar este mal que é a Covid-19”, reforçou Ibaneis.

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos

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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco

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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil

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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina

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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória

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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar

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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável

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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos

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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças

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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros

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Criança vacinada

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Um estudo divulgado pelo Butantan em janeiro mostra que não houve relatos de efeitos adversos graves entre as 4 mil crianças entre 6 e 35 meses de idade que participaram da pesquisa

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O Instituto Butantan, responsável pela fabricação da vacina Coronavac em território nacional, deve enviar à Anvisa mais dados sobre a faixa etária de 3 a 5 anos para ampliar a quantidade de pessoas a serem imunizadas pela fórmula

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Enquanto as vacinas não são aprovadas para crianças menores, pesquisas científicas já apontaram que lactantes vacinadas passam anticorpos para os filhos via leite materno

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Pais apreensivos

A Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do Distrito Federal (Aspa-DF) defende que a palavra final para imunizar as crianças seja das famílias.

“A Aspa é favorável à vacina. Mas a liberdade de vacinar é da família. Se o governo quiser oferecer a vacinação dentro das escolas, tudo bem. É uma decisão administrativa. Mas tem que ter a autorização dos pais, ou algum responsável deve estar acompanhando o estudante. Não pode haver vacinação sem o consentimento dos pais”, assinalou o presidente da Aspa-DF, Alexandre Veloso.

A entidade ressaltou ainda as consequências de uma possível obrigatoriedade de se vacinar crianças. Para a Aspa-DF, independentemente da decisão familiar, os estudantes não podem ser penalizados:

“Se a criança não estiver vacinada, quem deve eventualmente responder para órgãos como o Conselho Tutelar deve ser o pai. A criança não pode ser atingida”, ressaltou. No caso da Universidade de Brasília (UnB), a vacinação é obrigatória. “São situações distintas, o universitário é um adulto. Na escola, os alunos são menores de idade”, disse.

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