Ibaneis sobre avó de Michelle Bolsonaro no HRC: “Todos são iguais”
Maria Aparecido Firmo, 78 anos, fraturou a bacia e ficou dois dias aguardando cirurgia no corredor do Hospital Regional da Ceilândia
atualizado
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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), se manifestou, nesta segunda-feira (12/08/2019), sobre a repercussão da notícia de que a avó materna da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, Maria Aparecida Firmo Ferreira, 78 anos, havia passado dois dias em uma maca improvisada à espera de uma cirurgia na bacia no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). A idosa foi operada na tarde de domingo (11/08/2019). O procedimento, realizado no Hospital de Base, durou duas horas.
“Eu, quando quero atendimento da minha família de forma mais rápida, levo para a rede privada. Na saúde publica, todos são iguais”, disse Ibaneis.
O chefe do Executivo local refutou ainda qualquer possibilidade de conceder regalias pelo fato de a paciente ser parente de uma autoridade. “Ser avó da primeira-dama não a diferencia na questão do atendimento na rede pública. Hoje, as pessoas podem se dirigir aos hospitais com a certeza de que serão atendidas dentro do fluxo que estamos dando conta de fazer”, pontuou Ibaneis, durante evento de reabertura de leitos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho.
A previsão dos médicos que operaram Maria Aparecida é que ela seja transferida da unidade de terapia intensiva (UTI) para a enfermaria ainda nesta segunda-feira (12/08/2019).
Presidente se irrita
No domingo (11/08/2019), Jair Bolsonaro subiu o tom contra um repórter do jornal Folha de S.Paulo ao ser questionado sobre a saúde da avó materna da primeira-dama. Na saída do Pontão do Lago Sul, em Brasília, após passear de jet-ski, o presidente se irritou. “Uma pergunta dessas para estragar o Dia dos Pais? Tenha paciência”.
Com a insistência do repórter, o chefe do Executivo nacional retrucou. “Pô, cara, não perturba não. Vocês estavam atrás de outra matéria. Acho que nem ela [Michelle] está sabendo. Perturba não”, disparou
Bolsonaro quis saber qual era o veículo para o qual o jornalista trabalha. “Só podia ser a Folha [de S.Paulo] para tentar estragar o domingo do Dia dos Pais. Dá um tempo aí, ô mané”, rebateu.
Espera no corredor
Somente após o caso ser divulgado, a avó da primeira-dama foi transferida para o Hospital de Base. A suspeita inicial era de fratura no fêmur, mas o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) informou, por meio de nota, que a paciente teve lesão na bacia. Nesse domingo (11/08/2019), a pedido da família, o Iges-DF ressaltou que não divulgará boletins sobre o estado de saúde dela.
No sábado (10/08/2019), Maria Aparecida afirmou, em entrevista à Folha de S.Paulo, ter chegado ao hospital de Ceilândia na quinta-feira (08/08/2019) e esperado por atendimento no corredor. A avó da primeira-dama relatou ter se acidentado na manhã do mesmo dia em que foi à unidade de saúde, na casa em que mora, no Condomínio Sol Nascente, periferia do DF.
O acidente
Uma das galinhas dela teria passado para a casa do lote ao lado. “Fui pedir à mulher para pegar a galinha. O pit-bull avançou no portão. Se ele pega meu rosto, tinha acabado comigo. Aí, naquele susto, caí de costas. Caí, quebrei meu fêmur e estou no corredor de espera. Tem gente aqui há mais de 20 dias, 30 dias e não chamam [para a cirurgia]” , disse Maria Aparecida à Folha de S.Paulo.