Ibaneis pede acesso a argumentos usados para trazer Marcola ao DF
Com mandado de segurança protocolado no TRF-1, governador quer embasar ação judicial na qual tentará anular transferência de presos do PCC
atualizado
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A Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) impetrou mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) no qual pede acesso aos argumentos que motivaram a transferência de criminosos da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para o Distrito Federal.
Um deles é o líder da organização, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, levado ao Presídio Federam em Brasília no último dia 22. O mandado de segurança foi protocolado na última sexta-feira (29/3).
Segundo o governador Ibaneis Rocha (MDB), o objetivo é estudar, ponto a ponto, as justificativas apresentadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. A ideia é reunir argumentos para pedir à Justiça a anulação da transferência desses presos. O próximo passo será uma ação civil pública para tentar anular a decisão de Moro.
Desde que Marcola chegou ao DF, governo e parlamentares reclamam que a situação pode comprometer a segurança da capital. Na última sexta (29), deputados e senadores foram ao encontro de Sergio Moro para discutir a situação.
O ministro, contudo, disse que “o temor é abstrato” e não fala em recuar da decisão de manter o criminoso na capital do país, pelo menos por enquanto. Dias antes, Ibaneis afirmou, em mais de uma ocasião, que a presença de Marcola e integrantes do PCC no DF era “inadmissível”.
Penitenciária Federal
Ibaneis Rocha afirmou ainda que pretende propor ao ministro Sérgio Moro a mudança do regime administrativo da Penitenciária Federal de Brasília. O emedebista defende que o Distrito Federal pare de receber os recursos da União para manter o presídio para que o Governo Federal possa destinar esse valor para outra Unidade da Federação (UF) que tenha estrutura para receber criminosos considerados perigosos.
“Temos os recursos do Fundo Penitenciário, que já deveriam ter sido entregues ao DF. A gente faz a compensação e constrói outro presídio em outro local e eu assumo o daqui”, defendeu.