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Ibaneis: “Melhora nas contas do GDF não é para salário de servidor”

Segundo o governador, o Palácio do Buriti vai usar o bom desempenho na LRF para aumentar a captação de financiamentos federais

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1 de 1 Ibaneis30 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A melhora das contas públicas reacendeu o desejo dos servidores públicos por reajustes salariais. Mas, segundo o governador Ibaneis Rocha (MDB), a prioridade do Executivo local, neste momento, é aumentar a capacidade de angariar financiamentos federais. De acordo com o emedebista, o objetivo é investir na economia do Distrito Federal.

“O DF, hoje, está na categoria C em relação ao Tesouro Nacional. Nós precisamos chegar à B para poder ter acesso a financiamentos com o aval da União. Essa é a nossa posição, porque precisamos gerar investimento, riqueza”, argumentou.

Apesar da crise, o Palácio do Buriti conseguiu o melhor desempenho das contas públicas em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal nos últimos 10 anos, conforme  noticiou o Metrópoles nessa quinta-feira (06/06/2019).

Relatório de Gestão Fiscal referente ao primeiro quadrimestre de 2019 mostra que o GDF comprometeu 42,34% com despesas de pessoal – percentual abaixo dos limites previstos na LRF. No balanço anterior, divulgado em setembro de 2018, o índice era de 45,5%.

Terceira parcela

O equilíbrio orçamentário do Executivo local voltou a despertar os servidores no sentido de batalhar por aumentos no contracheque, especialmente na cobrança da terceira parcela da recomposição prometida pelo ex-governador Agnelo Queiroz (PT). Nesse contexto, as categorias ensaiam assembleias e novas greves.

“Não sou contra os servidores e nem contra que eles ganhem bem. Agora, eu tenho responsabilidade com a cidade. Nós temos mais de 300 mil desempregados e o nosso foco tem de ser nisso”, rebateu. O governador garantiu que, no momento certo, o GDF pagará tudo aquilo que é devido aos servidores.

Apesar das ameças de paralisações na cidade, Ibaneis prefere não partir para enfrentamento com as categorias e aposta na conciliação. “Quero contar com a colaboração dos sindicatos, como conto com a ajuda da Justiça e do Ministério Público para que a gente consiga trazer a normalidade de volta para o DF”, concluiu.

Tensão

Os primeiros cinco meses da gestão emedebista tem sido marcada pela tensão com as categorias. Além de protelar a quitação da terceira parcela do aumento nos proventos, o GDF anunciou, nessa quinta-feira (06/06/2019), que pretende extinguir as pecúnias do funcionalismo local. Por outro lado, o Buriti e o Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) anunciaram um acordo para quitar os cerca de R$ 500 milhões em precatórios devidos aos funcionários públicos.

O titular da Secretaria de Fazenda, André Clemente, disse pretender, em breve, enviar um projeto de lei à Câmara Legislativa do DF (CLDF) para extinguir o benefício. Paralelo a essa iniciativa, criará um plano de equilíbrio com o objetivo de quitar o meio bilhão de reais devido aos servidores a título de licenças-prêmio em até 48 parcelas. Atualmente, apenas duas unidades da Federação mantêm a concessão da benesse: o Acre e o próprio DF.

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