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Ibaneis lança reforma e PPP da Rodoviária. Touring será desapropriado

Estudo para o lançamento da Parceria Público-Privado do maior terminal rodoviário do DF está em andamento. Chamamento deve ser feito em 2019

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1 de 1 Ibaneis-na-rodoviaria - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

Ao lançar a obra de recuperação estrutural da Rodoviária do Plano Piloto nesta quarta-feira (10/07/2019), o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que pretende privatizar o terminal. Pontuou ainda que irá desapropriar a área do Touring e construir mais estacionamentos no local.

De acordo com o titular do Palácio do Buriti, projeto de Parceira Público-Privada (PPP) já está sendo estudado. “Mas para que seja viabilizado, nós temos que fazer os estudos de viabilidade econômica. Vamos lançar um chamamento e não vamos encontrar pessoas interessadas. Então, estamos anexando a área do Touring. Vamos desapropriá-la”, frisou.

Situado ao lado da Rodoviária, o Touring está sem contrato vigente desde dezembro de 2018 – e pode ser desocupado a qualquer momento. Em abril deste ano, a empresa dona do local, a Esplanada Participações, negociava com o Governo do Distrito Federal (GDF) novo aluguel. No entanto, estava sem receber os R$ 339,4 mil mensais pelo uso do espaço desde o fim do contrato original, firmado em 4 junho de 2014 e expirado em 8 de dezembro de 2018.

“Essa área sempre pareceu pública, mas infelizmente é privada”, ressaltou o governador, que reassumiu o comando após viagem à Europa.  Segundo o chefe do Executivo distrital, a Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Seduh) já estão fazendo o levantamento do valor do Touring para a desapropriação.

A ideia é lançar um chamamento para a Parceria Público-Privada no segundo semestre deste ano. A princípio, a PPP vai manter todos os comerciantes que já trabalham na rodoviária. Para o Buriti, o terminal pode ser transformado em grande shopping a céu aberto. Pelo local, passam diariamente quase 700 mil pessoas.

O emedebista informou que o governo estuda um modelo de privatização semelhante ao feito pela Infraero na concessão do Aeroporto JK para a Inframerica.

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Ao contrário dos R$ 6 milhões anunciados inicialmente, o valor da reforma na rodoviária será de R$ 1,2 milhão. A previsão de entrega é dentro dos próximos 90 dias. A obra vai exigir a interdição das escadas do terminal. A princípio, serão totalmente bloqueadas as escadarias que ficam ao lado do Conjunto Nacional, ao longo de 45 dias. Na segunda etapa, os degraus situados ao lado da Esplanada dos Três Poderes serão também fechados.

Segundo o GDF, nenhuma loja vai deixar de funcionar durante a obra. Os engenheiros irão demolir parte da plataforma superior para ter acesso aos pontos onde a estrutura da Rodoviária precisa de manutenção. Nove empresas participaram da disputa pelo contrato emergencial da reforma. A vencedora foi a ConcrEpoxI Engenheira, que já faz outra obra no terminal.

No dia 26 de junho, o governador determinou o fechamento da plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. A intervenção foi feita para evitar o desabamento da estrutura. Laudos técnicos detectaram fissuras irreversíveis.

Nota técnica da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) aponta que, ao longo dos últimos meses, “diversas manifestações patológicas” foram identificadas na estrutura da rodoviária, sendo que algumas fissuras apresentaram crescimento acentuado recentemente.

“Algumas foram classificadas como críticas e verificou-se que as fissuras estruturais são as de maior relevância e podem trazer maior risco à segurança estrutural da rodoviária, inclusive com risco de colapso estrutural/desabamento, exigindo ações imediatas”, diz trecho do documento.

Ainda de acordo com a Novacap, foram identificados, na laje de cobertura da plataforma inferior, “o rompimento de cabos de protensão de longarinas por corrosão, movimentação anormal com abertura de frestas em vigas de encabeçamento do caixão perdido da plataforma superior, infiltração, problemas com estrutura do reservatório de incêndio, corrosão nos guarda-corpos dos viadutos e fissuras de vigas e lajes”, entre outros impasses.

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