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Ibaneis decide construir mais uma ponte sobre o Lago Paranoá

A obra será feita por licitação dentro de uma PPP. Duas propostas foram apresentadas, e o emedebista escolheu a mais simples

atualizado

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1 de 1 lago-dani - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

O governador Ibaneis Rocha (MDB) bateu o martelo e decidiu, nesta sexta-feira (1º/3) construir mais uma ponte no Lago Paranoá. A obra será feita por licitação dentro de Parceria Público-Privada (PPP). Segundo o emedebista, o GDF analisou duas propostas e escolheu a mais simples e econômica para o Distrito Federal.

O emedebista, entretanto, não revelou, valores nem detalhes do projeto escolhido. Na segunda-feira (25/2), a construtora JC Gontijo reuniu-se com Ibaneis, no Palácio do Buriti, justamente para apresentar estudo destinado à construção da nova ponte no Lago e, como consequência, a desativação da via sobre a Barragem do Paranoá.

“Recebi um projeto inicial que havia sido apresentado há quatro anos e o governo não deu andamento. O que está acontecendo na barragem hoje era previsível e já poderia ter sido solucionado. Gostei do estudo”, destacou o governador.

De acordo com o chefe do Executivo, uma das propostas apresentadas prevê a construção de ponte estaiada, de custo muito alto. “A outra era mais simples. Vamos economizar recursos e ter a possibilidade de realizá-la de forma mais rápida. Então, fiz a opção por essa mais barata”, revelou Ibaneis.

Conforme o Metrópoles mostrou, o governo recebeu proposta da construtora JC Gontijo. A obra seria realizada em conjunto com uma rodovia ligando o Lago Sul ao Paranoá, por meio de PPP.

Não está claro, ainda, o que a construtora quer como contrapartida. O Metrópoles apurou que o modelo seguiria, em parte, a PPP fechada com o Consórcio Novo Terminal, em 2008. que permitiu a construção da Rodoviária Interestadual de Brasília.

Em troca da obra, no valor de R$ 55 milhões, as empresas Socicam, JC Gontijo e Artec receberam do GDF, além da concessão para explorar comercialmente o terminal por 30 anos, um terreno no Setor de Múltiplas Atividades Sul (SMAS), Trecho 4.

operação, entretanto, está sob análise do Tribunal de Contas do DF(TCDF), uma vez que um dos sócios da JC Gontijo, o empresário José Celso Valadares Gontijo, é réu no âmbito da Operação Pandora, que investiga pagamento de propina durante a gestão do ex-governador José Roberto Arruda.

O governador contou que alguns aliados perguntaram se ele não iria preferir uma ponte estaiada, que teoricamente seria mais chamativa. “Disse que não. Eu quero resolver o problema do transporte. Acho que isso é mais importante”, destacou.

Segundo Ibaneis, não se pensou, ao longo dos anos, no tráfego de caminhões sobre a Barragem do Paranoá, que agora está proibido. “Não se pensou, também, em todos os moradores da região do Paranoá, Itapoã e dos condomínios que ali passam por muita dificuldade. Então, autorizei a continuidade dos estudos. E espero que no prazo máximo de 90 dias a gente esteja em condições de fazer a licitação”, contou.

De acordo com o governador, existem alguns problemas, como o de algumas invasões no traçado da futura obra, entre o Lago Norte e Paranoá. A Agência de Desenvolvimento de Brasília (Terracap) já está autorizada a começar o processo de recuperação desses lotes, pelo caminho da negociação. Mesmo com o modelo de PPP, o governo terá que lançar uma licitação. O emedebista garantiu que em breve irá apresentar os detalhes da obra para a sociedade.

Com a quinta ponte, o GDF poderia desativar o trecho sobre a barragem, onde passam 26 mil veículos por dia, atendendo determinação do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

 

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