Ibaneis assina decreto que leva energia legal a áreas a serem regularizadas
Acompanhado do presidente da CEB, Edison Garcia, Ibaneis voltou a defender, no Sol Nascente, a privatização da CEB
atualizado
Compartilhar notícia
O governador Ibaneis Rocha (MDB) esteve no Setor Habitacional Sol Nascente, na manhã deste sábado (10/10), para assinar o decreto que institui o programa Energia Legal no Distrito Federal.
O objetivo é fornecer energia de qualidade e regular para comunidades consolidadas em áreas urbanas rurais e que estejam em processo de regularização pelo poder público. A previsão é que mais de 62 mil pontos sejam beneficiados.
“Estou feliz. Encontramos abertura na legislação para trazer energia a essas comunidades. Vamos regularizar todas essas áreas, entregar escrituras. Estamos dando mais um passo no sentido de dar conforto à população. Vamos entregar muitas obras e não vai faltar dinheiro para cuidar do nosso povo”, disse o governador, que estava acompanhado do presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Edison Garcia, no evento.
Ainda segundo o emedebista, o projeto já começa a ser viabilizado. “Os caminhões já estão aqui. Trabalhadores também e esperamos em um prazo muito curto atender todas essas populações carentes que já estão em processo de regularização. Não podemos penalizar essas pessoas com a falta de energia. Acolhemos essas reivindicações e esperamos concluir o mais rápido possível”, assinalou.
Em apenas um ano, a CEB teve um prejuízo de R$ 100 milhões com “gatos” de energia, instalados irregularmente em diversos pontos do Distrito Federal.
Edison Garcia explicou que, anteriormente ao decreto, havia um impedimento para colocar energia de qualidade em algumas localidades. “Fizemos um estudo e agora temos a possibilidade de iniciar a instalação de energia caso o poder público decida que a área será regularizada. A população quer pagar a sua energia para ter cidadania. Vamos colocar os medidores. Nossas equipes já estão fazendo as análises das redes. Levaremos o projeto também para o Morro da Cruz, em São Sebastião, e para a Fazenda Água Quente, em Santa Maria. Pretendemos avançar para o Assentamento 26 de Setembro e Nova Colina, em discussão com a União”, afirmou.
O presidente da CEB defendeu a privatização, prevista para os próximos dias. “Antes de perder a concessão e os empregados fiquem desempregados, a empresa será vendida para o setor privado ainda este ano”, reforçou. Nesta terça-feira (13/10), após o feriado, haverá uma audiência pública para tratar do tema.
Protesto
Com faixas de “Diga não à privatização”, servidores da CEB protestaram durante o evento. Diretor do Stiu-DF, João Carlos Dias disse que o objetivo da manifestação é sensibilizar e esclarecer para a população o risco da venda. “Do ponto de vista da piora dos serviços e da elevação da tarifa, como ocorreu em outros estados onde houve a privatização”, afirmou.
O governador disse que é natural que protestem e subiu o tom durante o evento. “Temos um grupo de 400 a 500 servidores que acham que têm de se apropriar da CEB e que a empresa é deles”, assinalou.
O governador reforçou ainda que a dívida da CEB é de mais de R$ 800 milhões, que a empresa estava prestes a perder a concessão e que “eles iriam perder os seus empregos de qualquer maneira”. “Na verdade, estamos dando um caminho para eles. Nessa sexta-feira (9/10), foi aprovada a criação da CEB Serviços, na qual boa parte desses trabalhadores poderá ser absorvida e aqueles que não quiserem ficar na empresa nova ou serão colocados para fora ou irão procurar outras atividades. O que não podemos é trocar a população do DF pelos sindicalistas da CEB. Eu quero cuidar é do meu povo. Para isso que fui eleito. Não é para cuidar de meia dúzia de sindicalistas com o bolso cheio, não”, destacou Ibaneis.