Ibaneis abre conferência mundial médica realizada pela 1ª vez no país
Pela primeira vez no continente americano, a 16ª Conferência Mundial de Bioética, Ética Médica e Direito da Saúde, ocorre no DF até 6ª feira
atualizado
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O governador Ibaneis Rocha (MDB) participou, nesta quarta-feira (24/7), da abertura da 16ª Conferência Mundial de Bioética, Ética Médica e Direito da Saúde. Pela primeira vez no continente americano, o evento ocorre na capital do país, na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM), na Asa Sul.
Também participaram da abertura o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, além do presidente do CFM, José Hiran Gallo.
“Temos aqui todas as condições de receber eventos tanto nacionais como internacionais. Receber essa conferência demonstra exatamente isso. Uma cidade totalmente pacífica com toda tranquilidade e recebendo delegações de todo o mundo para um congresso dessa natureza”, disse.
“Com a divulgação que está sendo feita, a gente espera trazer novos congressos internacionais para o DF, melhorando assim a qualidade de vida da população que aqui reside”, destacou o governador Ibaneis Rocha.
A 16ª edição vai debater avanços tecnológicos, como o uso da inteligência artificial em pesquisas com seres humanos.
“Se a ética é complexa do ponto de vista filosófico, ela é ainda mais complexa no nosso desafio da bioética, ou seja, da ética das relações humanas com o mundo animal e o meio ambiente. É uma honra e uma felicidade para a classe médica receber essa conferência”, frisou Geraldo Alckmin.
“Esta conferência vai trazer novas e boas contribuições para toda a sociedade”, acrescentou o vice-presidente.
A conferência contará com 211 palestrantes de 23 países e quase 500 pessoas inscritas para participar. O encontro, que chega à sua 16ª edição, pela primeira vez no Brasil, se encerra nesta sexta-feira (26/7), e oferecerá aos participantes uma plataforma internacional para debates científicos qualificados sobre mais de 70 tópicos e subtópicos em diferentes áreas.
“As consequências serão sentidas na assistência médica, no ético exercício da profissão e no desenvolvimento de uma consciência cidadã baseada em valores absolutos como a defesa da autonomia e do sigilo médico. É um sonho que está sendo realizado”, comentou o presidente do CFM, José Hiran Gallo.
Entre os palestrantes, cerca de 90 são brasileiros. Os outros 121 expositores são de Portugal, Estados Unidos, Argentina, Bangladesh, Índia, Emirados Árabes Unidos, Bulgária, Alemanha, Irlanda, Austrália, Itália, Eslovénia, Chile, Reino Unido, Filipinas, Bélgica, Colômbia, Bósnia e Herzegovina, Japão, Israel, Espanha e Romênia.
Entre os quase 500 inscritos, cerca de 10% vieram do exterior. Pelas informações do cadastro de organizadores, o público é composto, majoritariamente, por médicos e advogados. Na plateia, também participam psicólogos, professores, investigadores, juízes e veterinários, entre outras categorias profissionais.
Saúde
Questionado sobre a contratação de novos médicos, Ibaneis afirmou que o Governo do Distrito Federal (GDF) contratou cooperativas de anestesistas para o DF. “São quase mil cirurgias feitas num prazo de 22 dias e a gente espera, até o fim do ano, uma redução muito grande na fila das cirurgias eletivas”, comentou.
O chefe do Palácio do Buriti também destacou o trabalho de fortalecimento da rede pública de atendimento no DF. “Esperamos liberar a construção de mais nove unidades de pronto atendimento (UPAs) no DF e também temos os hospitais lançados. Serão cinco, no total, com a construção do Hospital do Gama e com o relançamento do Hospital do Câncer.”
Sanção de leis
Sobre a sanção de leis aprovadas pela Câmara Legislativa do DF (CLDF) nos últimos dias, o governador comentou que a Casa ajuda muito o GDF com a aprovação de legislações.
Nesta quarta-feira (24/7), por exemplo, Ibaneis sancionou a lei que institui o Cadastro Distrital de Pessoas Condenadas por Crimes contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes no Distrito Federal.
“A CLDF vem nos ajudando muito com a aprovação de legislações que melhoram, principalmente, a questão da violência, tanto contra a mulher, quanto contra os menores. A gente tem trabalhado em parceria para aprimorar a legislação e fazer com que esses criminosos fiquem cada vez mais expostos, para que a gente tenha o menor índice de violência possível”, declarou.
“Com a ajuda do Poder Judiciário e do Ministério Público nós temos, hoje, todos os autores de feminicídios presos, não tem nenhum feminicida que esteja solto. Então, a gente tem um conjunto de coisas que vem sendo feito para melhorar e essa lei é mais um passo nesse sentido”, completou.