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Ibaneis: “A gente abre de forma controlada ou comerciantes abrem na marra”

Após reunião com juíza que proibiu retomada do comércio em 8 de maio, governador afirma que vai atender exigências da magistrada

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Governador Ibaneis Rocha
1 de 1 Governador Ibaneis Rocha - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Após reunião com a titular da 3ª Vara Cível, o governador Ibaneis Rocha (MDB) acredita que outras partes do comércio vão reabrir no dia 18 de maio. A juíza federal Kátia Balbino fez uma série de exigências para evitar a disseminação do novo coronavírus com a retomada das atividades – e o chefe do Executivo local afirmou que vai acatar as condições impostas pela magistrada.

Assim, o comércio de rua e os shoppings funcionarão em horários diferentes. No primeiro caso, das 11h às 19h, e no segundo, das 13h às 21h. Os banheiros dos centros comerciais também ficarão fechados para evitar a proximidade entre as pessoas.

“Ou a gente abre o comércio de forma controlada ou os comerciantes abrem na marra”, alertou o governador, depois do encontro com a juíza, representantes do setor produtivo e todos os ramos do Ministério Público no DF. A reunião foi realizada após a magistrada ter decidido pela não abertura do comércio no próximo dia 11.

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Comerciantes estão se desfazendo dos negócios pelo prejuízo gerado por causa da inatividade
Comércio está fechado por determinação da Justiça
Movimento no comércio do Taguacenter
DF Legal fiscaliza se as pessoas estão cumprindo o decreto em função da quarentena provocada pela pandemia de coronavírus
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Shopping no DF com portas de lojas fechadas devido ao coronavírus

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Comerciantes estão se desfazendo dos negócios pelo prejuízo gerado por causa da inatividade

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Comércio está fechado por determinação da Justiça

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Movimento no comércio do Taguacenter

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DF Legal fiscaliza se as pessoas estão cumprindo o decreto em função da quarentena provocada pela pandemia de coronavírus

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Para Ibaneis, a abertura controlada, com regras, é fundamental na batalha contra o novo coronavírus. “Nós estamos vivendo em uma cidade em que as pessoas estão vivendo em quase uma ilegalidade. E o governo não tem condições de fiscalizar todos os locais”, alertou, fazendo referência ao aumento das aglomerações nas ruas e nos centros comerciais.

O emedebista acredita que, atualmente, entre 330 mil e 340 mil pessoas estão constantemente nas ruas.

“Então, é muito melhor a gente abrir de forma organizada, com distribuição de máscara, cobrança de álcool em gel, fiscalizando realmente. Porque a gente está tendo queda do isolamento social e uma falta de regras para a abertura desse comércio”, declarou.

Mudança

Ibaneis destacou que estava pronto para abrir no dia 11 de maio, mas dois fatos mudaram a decisão. “Primeiro, eu tive um pico dentro do presídio (da Papuda), que era previsto. Preciso avaliar qual vai ser o impacto na saúde. E também tivemos um atraso nas nossas campanhas de informação”, justificou.

Outra preocupação é o reforço na distribuição de máscaras. O GDF já distribuiu 200 mil equipamentos para população. O GDF vai ampliar o número de postos de distribuição, além das estações do Metrô.

Ibaneis espera uma sentença positiva da magistrada. “Isso aqui não é uma guerra. Não estamos disputando com ninguém”, resumiu. “Nós temos que lembrar, não tanto quanto diz o presidente (Jair) Bolsonaro (sem partido), mas nós temos que fazer uma balança. Eu entendo que não existe guerra entre economia e saúde”, afirmou.

Mágoa

O governador disse ter ficado “magoado” com os questionamentos judiciais contra a reabertura do comércio. E admitiu que houve alguns embates durante a reunião desta quinta-feira (07/05), principalmente por causa de intervenções dos MPs.

A fim de atender algumas das exigências, Ibaneis afirmou que vai ampliar os pontos de distribuição de máscaras pelo DF. Segundo o titular do Palácio do Buriti, o pico da curva de crescimento da Covid-19 no Distrito Federal será em junho.

Há outras recomendações da juíza Kátia Balbino. Por exemplo, os shoppings não poderiam receber crianças e teriam limitação de público. Na segunda-feira (11/05), o Executivo local deve apresentar a documentação a fim de provar a segurança da retomada das atividades.

No caso dos idosos, a magistrada orientou que estes saiam apenas se não estiverem acompanhados de muitas pessoas. Pontuou ainda que o ideal é que eles não frequentem locais com grande aglomeração. A juíza mostrou preocupação com a fiscalização das normas, especialmente nas áreas mais humildes.

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