HUB cria máscaras de princesas e super-heróis para crianças com câncer
Equipe de oncologia personalizou os itens que são usados durante sessões de radioterapia para aliviar o tratamento dos pequenos
atualizado
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Para aliviar o tratamento de crianças com câncer que fazem radioterapia no Hospital Universitário de Brasília (HUB), profissionais da unidade de saúde criaram máscaras personalizadas para os pequenos. A proteção precisa ser usada em casos de tumores na cabeça ou pescoço, para garantir a imobilidade.
Segundo o HUB, a máscara é presa em uma mesa durante a sessão de radioterapia e impede o movimento da cabeça do paciente. Pensando em proporcionar certo conforto para crianças e suas famílias, a equipe de oncologia do hospital transformou a proteção em rostos de princesas e super-heróis e teve bom retorno dos pacientes mirins.
Diagnosticada com um tumor na cabeça, no sistema nervoso central, a pequena Isabela Lopes, de 9 anos, é uma das crianças que faz tratamento no HUB. Todos os dias ela se desloca ao hospital para completar as 30 sessões de radioterapia recomendadas. Quando soube que poderia usar uma máscara com o rosto da princesa Bela, a menina se surpreendeu. “É linda, nunca tinha visto uma máscara dessa. Estou tendo uma experiência muito legal”, comentou.
Isabela recebeu o diagnóstico de câncer em dezembro do ano passado e já passou por seis cirurgias e 24 sessões de quimioterapia. “Achei linda a máscara que a Isabela recebeu. Ela fica mais animada porque é colorida, fica bem mais dinâmico o tratamento”, afirmou a mãe de Isabela, a técnica em enfermagem Lidiane Lopes.
A máscara
O uso da máscara é obrigatório para garantir a imobilidade de todos os pacientes com câncer de cabeça ou pescoço que fazem radioterapia. Ela é feita de um plástico sensível ao calor e vem em forma sólida e plana. Quando colocada na água quente, fica mole e flexível. Nesse momento, com temperatura adequada, é moldada no rosto do paciente. Normalmente, ela é toda branca e cada um tem a sua durante todo o tratamento.
Para humanizar as sessões das crianças, a equipe da oncologia fez os desenhos com tinta à base de água. Quando os pequenos fazem o molde da máscara, os profissionais conversam com eles e perguntam qual o personagem favorito. No primeiro dia de tratamento, a surpresa já está pronta.
A ideia veio do tecnólogo em radioterapia Jackson Farias, que já tinha visto a customização em outros serviços do mundo e do país e buscou levar ao HUB. “Tentamos deixar o tratamento mais lúdico. Costumamos dizer que quando o paciente entra, ele se transforma naquele personagem, e isso deixa ele e a família mais tranquilos e dá outro ânimo para a equipe também”, explicou.
“Elas [as crianças] gostam muito dessa proposta e ficamos felizes por saber que estamos conseguindo amenizar esse tratamento tão complicado”, completou o técnico em radioterapia Emerson Silva.
Com informações do HUB.