Hran tem sete pacientes com coronavírus e 41 casos suspeitos
A unidade está atendendo exclusivamente pacientes com a doença. Entre os internados, está a 1ª pessoa diagnosticada com Covid-19 no DF
atualizado
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O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) está atendendo somente casos de coronavírus. Há 41 pessoas internadas com suspeita da doença na enfermaria e sete casos confirmados que estão em unidades de terapia intensiva (UTIs).
De acordo com o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares, o hospital foi preparado ao longo dos últimos 15 dias para ser referência no tratamento da Covid-19. “Tiramos todos os serviços que tinham no Hran, como cirurgia-geral, ginecologia, obstetrícia e pediatria. Todos foram encaminhados a outros hospitais. Hoje, estamos exclusivamente com pacientes suspeitos e confirmados de Covid.”
Ainda há no hospital a ala de cuidados paliativos, porque, segundo a Saúde, é mais difícil de encontrar vagas em outros hospitais. A ala de queimados também foi mantida na mesma unidade. Mas o secretário adjunto afirma que eles estão isolados dos demais, para que não haja fluxo no mesmo ambiente de pacientes com suspeita de coronavírus.
De acordo com Tavares, a secretaria já conseguiu fazer a transferência de 100% dos pacientes de outras especialidades. “Temos 20 na ala de cuidados paliativos e cinco, na ala de queimados. Os demais já foram removidos”, afirmou.
O Hran, segundo ele, tem mais de 200 leitos só para paciente de coronavírus na enfermaria e 10 prontos de UTIs. “Outros 15 estão no processo para serem liberados”, ressaltou. Entre os pacientes internados no hospital, está a mulher de 52 anos, moradora do Lago Sul, que é a primeira pessoa diagnosticada com Covid-19 no DF. Na capital, 12 pessoas morreram em decorrência da doença.
Falta de EPIs
Durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (07/04), o secretário negou que falte material para servidores nos hospitais. “Tem EPIs em toda a rede. Fizemos uma compra recentemente para repor o estoque. O que ocorreu foi um erro na utilização das EPIs. Se nós não tivermos um controle, não teremos para enfrentar a pandemia. O mundo inteiro está com dificuldade em comprar. O que fazemos é um controle . O servidor chega para trabalhar e recebe um kit. Se ele danificar, ele pode trocar.”
Segundo Tavares, o número de profissionais de saúde infectados pela doença na rede pública de saúde do DF não passa de 10, entre médicos e enfermeiros. “Muitos deles nem se contaminaram no ambiente de trabalho. Foi em função de viagens internacionais. Tentamos preservar o máximo a identidade dessas pessoas. Já tivemos no DF casos de preconceito com a pessoa confirmada e, por isso, não informamos quem são. Estamos fazendo esse monitoramento constantemente.”
Tavares disse também que preocupa o fato de parte da população não respeitar o isolamento social. “Precisamos muito da colaboração de todos. Hoje, parecia um dia normal no Eixo Monumental. A quantidade de carros era assustadora. No final de semana, também havia 21 mil pessoas circulando em feiras populares. Queremos o bom senso de todo o mundo”, assinalou.