Hospital de Campanha de Ceilândia registra 78% de recuperação
Unidade voltada ao tratamento de Covid-19 deu alta a 122 dos 156 pacientes internados. Nenhum óbito foi registrado em 1 mês de funcionamento
atualizado
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Equipamento público destinado a cuidar de pacientes com diagnóstico do novo coronavírus, o Hospital de Campanha de Ceilândia completa um mês de funcionamento neste domingo (21/2) com taxa de recuperação de 78,2%. Desde que foi inaugurada, a unidade deu alta a 122 dos 156 pacientes internados. Além disso, nenhum óbito foi registrado no período.
O hospital funciona como retaguarda para toda a rede da Secretaria de Saúde e ocupa uma área de aproximadamente 22.900 m² ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia, na QNN 27, Área Especial D. Dentro de toda essa área estão instalados os 60 leitos para atender à população, sendo 20 para cuidados intermediários e 40 de enfermaria. Atualmente, 37 leitos estão ocupados por pacientes de diferentes idades, mas em sua maioria idosos.
Os chamados leitos de enfermaria são destinados à internação de pacientes estáveis, não críticos, que não necessitam de cuidados intensivos. Já os de suporte ventilatório possuem ainda outros equipamentos de monitoramento do quadro clínico do paciente. A unidade também dispõe de uma equipe multidisciplinar e tem o suporte do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) nos casos de maior gravidade.
A construção do Hospital de Campanha foi anunciada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) em maio do ano passado. Em julho, o prédio começou a ser erguido e, a partir de então, o prazo da inauguração foi adiado mais de uma vez. Após oito meses, o GDF entregou a unidade.
No local, trabalham dezenas de profissionais, sendo 21 médicos; 80 profissionais de enfermagem, entre técnicos e enfermeiros, e outras dezenas de servidores, como psicólogos e fonoaudiólogos. Todos pertencem ou ao quadro da Secretaria de Saúde, sendo efetivos ou temporários.
Histórico
No auge da pandemia, o DF alcançou 761 leitos com suporte ventilatório mobilizados, entre próprios e contratados. Para uso, foram disponibilizados 715, contemplando 188 unidades de cuidados intermediários (UCIs) e 527 unidades de terapia intensiva (UTIs).
Em 8 de agosto de 2020, o DF atingiu o número máximo de leitos ocupados: 532. Destes, 392 eram de UTI e 140 de UCI.
No decorrer de 2020, outras unidades abrigaram pacientes de Covid-19 e hospitais de campanha foram construídos, como o do Mané Garrincha e o da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) – este último segue em funcionamento, com 80 leitos de UTI.