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Hospital de Brazlândia tem risco de contágio de crianças e um médico

Fiscalização da OAB, CLDF e entidades de Saúde flagra problemas em unidade pública durante a fase crítica da pandemia de Covid-19

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Material cedido ao Metrópoles
Hospital Regional de Brazlândia
1 de 1 Hospital Regional de Brazlândia - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Em nova diligência, a força-tarefa da Ação Conjunta Covid-19 esteve nesta quarta-feira (17/3) no Hospital Regional de Brazlândia. O grupo identificou na unidade pública de saúde risco de contaminação pelo novo coronavírus, inclusive em crianças. Foram constatados ainda falta de equipamentos e grave déficit de pessoal.

No pronto-socorro, segundo os integrantes da Ação Conjunta, todos os pacientes ficam no mesmo espaço enquanto aguardam resultados de testes para Covid-19. Na ala pediátrica, apenas um biombo separa as crianças infectadas ou com suspeitas da doença das sem Covid.

Nesta quarta, apenas dois médicos estavam escalados no plantão para atender toda a estrutura, inclusive a ala de Covid-19. Mas na hora da visita, um dos profissionais ainda não tinha chegado ao hospital, e só uma médica atendia aos pacientes com auxílio de uma única profissional de enfermagem.

Na área reservada para Covid-19, com três leitos, havia quatro pacientes em estado grave, intubados. Todos aguardavam leito de unidade de terapia intensiva (UTI). Assim, o Hospital de Brazlândia estaria atendendo apenas casos vermelhos do novo coronavírus, os mais graves. Os demais casos são encaminhados para outras unidades da rede.

Veja imagens de diligência:

Além disso, não há um local apropriado para a paramentação e a desparamentação dos profissionais de saúde entre os plantões. A diligência flagrou falta de capote, touca e luvas para as equipes. Profissionais de saúde estão usando capote de pano, de baixa efetividade sanitária.

Na terça-feira (16/3), o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) denunciou sobrecarga e exaustão de profissionais. Em alguns hospitais, um médico fica responsável por 40 pacientes.  Gestores têm dificuldade em fechar as escalas, há carência de especialistas habilitados para atender pacientes com Covid-19.

A força-tarefa Ação Covid-19 é composta por representantes da Comissão de Saúde da seccional do DF da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-DF), e do Sindicato dos Enfermeiros (SindEnfermeiro), do Conselho Regional de Serviço Social (Cress), do Conselho Regional de Psicologia (CRP) e a Associação Brasileira de Enfermagem (Aben), além do deputado distrital Fábio Félix (PSol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da CLDF.

O Metrópoles entrou em contato com a Secretária de Saúde do DF. Segundo a pasta, não a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs). De acordo com pasta, pacientes com e sem Covid-19 não estão sendo atendidos nos mesmos espaços. Para a pasta, a escala de profissionais está realizada com base nos atendimentos.

A pasta também trabalha na ampliação de leitos.

Veja a nota completa da pasta:

A Secretaria de Saúde informa que as unidades hospitalares estão apresentando superlotação, com número crescente de pessoas procurando por atendimento. Todas as unidades da rede pública estão trabalhando intensamente para que os pacientes sejam atendidos em curto espaço de tempo e da melhor maneira possível.

Com relação à situação dos equipamentos de proteção individual (EPIs), a secretaria ressalta que não há falta de equipamentos e insumos, que estão sendo usados de forma racional para que não ocorra desabastecimento. A demanda aumentou no mercado mundial em razão da pandemia. A pasta possui processos de compra em andamento para manutenção dos estoques.

No Hospital Regional de Brazlândia (HRBraz) os pacientes com sintomas da Covid-19 passam pela triagem e são atendidos em separado dos demais pacientes. Na pediatria, as crianças internadas e que não estão diagnosticadas com a Covid-19 vão direto para as enfermarias pediátricas, não ficando no pronto socorro. O número de casos de Covid em crianças ainda é pequeno e o pronto socorro foi adaptado para receber esses casos com divisões que garantem o isolamento e seguimento desses pacientes.

Em relação ao quantitativo de médicos no plantão, a escala na unidade é realizada com base em atender os diversos setores do hospital, tais como: internação, PS, Ala Covid, box de emergência, sala vermelha, sala amarela e sala verde. Todos esses setores trabalham em convergência e dão suporte às diversas emergências diárias. No que se refere à paramentação e desparamentação, a unidade possui local destinado a esse momento.

A pasta tem adotado todas as medidas no sentido de não deixar a população do Distrito Federal desassistida. Na sexta, eram 326 leitos de UTI na rede pública. Desde sábado, foram abertos 50 leitos no Hospital Regional de Santa Maria, 5 no Hospital Daher e 8 no Hospital Regional de Sobradinho.

A Secretaria de Saúde solicitou a aquisição de um hospital modular com 100 leitos de enfermaria. A unidade será acoplada ao Hospital Regional de Samambaia (HRSam), na parte do estacionamento. O processo está em andamento.

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