Hospital de Base recebe mais de 40 feridos durante atos terroristas no DF
Segundo o Hospital de Base, seis pessoas deram entrada em estado grave após início de atos bolsonaristas. Duas passaram por cirurgia
atualizado
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O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) recebeu, até às 19h40 deste domingo (8/1), mais de 40 pessoas feridas durante os atos violentos realizados por bolsonaristas na Esplanada dos Ministérios. De acordo com a equipe do hospital, seis pacientes chegaram em estado grave, sendo que dois precisaram de cirurgia.
Outros 40 pacientes estão feridos, mas com quadro estável. Os pacientes chegaram via Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em viaturas da Polícia Militar (PMDF) ou do Detran-DF, e em carros particulares.
O hospital informou que toda a equipe de médicos, enfermagem e socorristas foi reforçada e ficará assim até segunda ordem.
Em frente ao pronto-socorro, é possível ver alguns socorristas e bombeiros em alerta para o qualquer eventual ocorrência. Alguns poucos bolsonaristas, trajados de verde e amarelo, também estão em frente ao local.
Eliana Napoli, 72 anos, veio de Cascavel, no Paraná, para os atos com a filha, uma médica de 43 anos, e o genro. Segundo ela, eles estavam sentados em um gramado quando a polícia começou a jogar bombas de efeito moral e a filha dela foi atingida pelos estilhaços no rosto.
Ela afirmou que não deixaram ter informações do estado da filha, mas que ela deu entrada no hospital andando e falando normalmente, mas com feridas grandes de um lado do rosto.
Tratada de verde e amarelo, com bandeira do Brasil e boné do Bolsonaro, ela fez afirmações ácidas contra a imprensa após conversar conosco.
Invasões
Por volta das 14h40, extremistas invadiram o Congresso Nacional sob uma chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e entrar no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.
Eles protestam contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022. Os bolsonaristas conseguiram passar pelas forças de segurança. Em resposta, o governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou a exoneração do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.
O presidente Lula (PT) decretou intervenção federal no DF até 31 de janeiro.