Homens que se passavam por investidores são presos em hotel de luxo do DF
Policiais chegaram no momento em que dupla aplicava golpe em empresários da Paraíba. Presos, alegaram que estão com sintomas da Covid-19
atualizado
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Um hotel de luxo da Asa Sul se tornou palco da prisão de dois estelionatários. Eles usavam documentos de pessoas mortas e se passavam por investidores para dar golpes em empresários. A diligência, conduzida pela 5ª Delegacia de Polícia (área central), resultou no flagrante realizado na terça-feira (05/05).
Os investigadores chegaram ao estabelecimento no momento em que os suspeitos tentavam aplicar um golpe em empresários de João Pessoa (PB). Após a prisão, os autuados informaram aos advogados que estavam com sintomas do novo coronavírus.
Os homens reservaram quartos em um hotel de luxo e pagaram em dinheiro, cerca de R$ 2 mil. O comportamento da dupla chamou a atenção dos funcionários, que acionaram a Polícia Civil. Os investigadores fizeram uma apuração preliminar e descobriram que um deles apresentava o nome de uma pessoa que faleceu em 2015.
Diante da denúncia, as equipes da PCDF foram até o local. No saguão do hotel, os policiais abordaram um dos suspeitos, identificado como José Lúcio Antunes Costa. Ele apresentou identidade falsa.
Durante revista feita no banheiro do quarto no qual o homem estava hospedado, os agentes localizaram R$ 13.924; U$ 350; e uma nota de 2 mil guaranis, cuja origem não foi informada aos investigadores.
Identidade falsa
O outro criminoso estava na suíte presidencial. Evenilson Pereira da Silva prontamente atendeu a porta e se apresentou como Francisco. O suspeito chegou a mostrar a identidade aos policias.
Os investigadores, no entanto, questionaram o homem e, em seguida, afirmaram que ele usava documento falso. Explicaram que o verdadeiro Francisco morreu há cinco anos. O fraudador, então, revelou a identidade.
No quarto, a equipe da PCDF localizou documentos que atestam o nome verdadeiro do estelionatário. E apreendeu quantia de R$ 25.750 e uma nota de 50 euros. Evenilson contou aos policiais que usou o nome de Francisco porque estava se passando por investidor e negociador de precatórios.
As vítimas – empresários que estão construindo um resort em João Pessoa (PB) – também estavam no hotel e prestaram depoimento. Eles afirmaram que viajaram de carro até Brasília com o objetivo de participar de uma reunião com possível investidores. Detalharam que os homens presos pela PCDF se apresentaram como construtores, pecuaristas e que plantavam grãos.
Segundo as vítimas, os homens estavam bem vestidos e propuseram parceria. Relatam ainda que os estelionatários pontuaram que teriam interesse no negócio desde que tivessem uma garantia, uma caução para que aderissem ao projeto, “pois só investiam em quem tinha lastro”.
Após a prisão, de acordo com a polícia, em nenhum momento os autuados apresentaram sintomas de Covid-19. Apenas quando interrogados e após conversarem com o advogado, alegaram que estavam com indícios da doença. As vítimas foram liberadas e os presos, encaminhados à carceragem da PCDF.