Homens que mataram motorista de app são condenados a 23 anos de prisão
O crime aconteceu em janeiro, quando Maurício Cuquejo Sodré foi assassinado por três homens mais um adolescente
atualizado
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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou Eduardo Gabriel Lima de Oliveira, Lucas Fernandes Campos e Daniel Pereira de Souza pela morte de Maurício Cuquejo Sodré (foto em destaque). Cabe recurso da sentença, no entanto, os três já estão presos presos e irão cumprir a pena em regime fechado, sem poder recorrer em liberdade.
Os homens foram condenados pelos crimes de latrocínio e corrupção de menores. A pena, para cada um, foi fixada em 23 anos e nove meses de reclusão, além de 10 dias-multa no valor de 1/30 do salário mínimo vigente à época do crime.
O assassinato aconteceu em 23 de janeiro, na área da Granja do Torto. Participaram do ocorrido Eduardo, Lucas, Daniel e um adolescente. Os acusados, acionaram o aplicativo 99POP pelo celular de Daniel. Ao entrar no carro, Eduardo, Lucas e o adolescente anunciaram o roubo, atingiram o motorista com um golpe de faca e o colocaram dentro do bagageiro.
Consta na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que o carro teria caído em uma vala, o que fez com que o bagageiro se abrisse. A vítima tentou fugir, mas foi atingida mais uma vez com golpes de faca e chutes, morrendo em seguida.
Eduardo, Lucas e o adolescente roubaram o celular e a quantia de R$ 100 do motorista. Tanto no depoimento à polícia quanto à Justiça os acusados Lucas e Eduardo confessaram que participaram do crime. A defesa de Daniel sustentou que ele não pode ser condenado por latrocínio, por não ter participado dos atos.
“Há que se reconhecer que a prova do envolvimento de Daniel no crime de latrocínio é contundente. (…) Está cabalmente comprovado que o roubo seguido de morte objeto desta ação foi obra conjunta dos acusados e do menor (…), não havendo espaço para se falar em absolvição de Daniel ou mesmo no reconhecimento de que este réu participara apenas do roubo, de tal modo que não poderá ser responsabilizado pelo resultado (morte da vítima) produzido exclusivamente pelos comparsas. Da mesma forma, não há como falar em participação de menor importância”, justificou.
Investigação
À época dos fatos, o caso foi investigado pela equipe do delegado Laéercio Rossetto, então chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte). Os autores foram presos oito horas após o crime.
A investigação foi um marco que iniciou um trabalho forte em todo o DF contra esse tipo de crime que estava se espalhando na capital federal, comentou o delegado que, atualmente, comanda a Coordenação de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa (CHPP).
“Provas robustas e investigação séria fornecem todos os elementos para o MPDFT e dão condições para o juiz julgar com convicção aumentando à credibilidade da justiça criminal e a aplicação da lei penal”, destacou Rossetto.