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Homem torturava crianças e mantinha menor como escravo sexual no DF

O homem estava foragido da Justiça desde maio do ano passado e foi preso durante megaoperação da Polícia Civil

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José Evandro de Oliveira
1 de 1 José Evandro de Oliveira - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Investigadores da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) prenderam, nesta quarta-feira (24/04/2019), um homem suspeito de manter um adolescente de 14 anos como escravo sexual. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ele era procurado por estuprar e torturar meninos com idades que variavam entre 9 e 12 anos, na região de Ceilândia.

Em maio de 2018, a Justiça decretou a prisão preventiva do criminoso, identificado como José Evandro de Oliveira, 46 anos, conhecido como “Véi” ou “Zé”. Ao saber da decisão, ele fugiu. “Uma das vítimas, que à época tinha 13 anos, se apaixonou pelo suspeito e abandonou a família para acompanhá-lo”, detalhou o delegado-chefe da 19ª DP, Jônatas Silva.

A criança, ainda de acordo com as investigações, recebia valores em dinheiro para atrair outras vítimas, todas do sexo masculino, até a madeireira em que o acusado trabalhava, na mesma região administrativa. Quando elas chegavam ao local, eram amarradas, torturadas e abusadas sexualmente.

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Homem foi preso na tarde desta quarta-feira

Um dos menores relatou à polícia que, durante uma das sessões de torturas e abusos sexuais, José colocou um pedaço de concreto sobre suas costas. Outra vítima afirmou que o agressor, ao descobrir sua intenção em noticiar os abusos para seus familiares, a agrediu brutalmente com golpes de madeira.

Na tarde desta quarta, os policiais conseguiram localizar o foragido e encontraram o adolescente, hoje com 14 anos, que tinha passado a viver como escravo sexual. De acordo com o delegado Jônatas Silva, da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte), ele foi tirado da mãe quando tinha 11 anos. “Em 2015, o suspeito conseguiu convencer a vizinha a entregar o filho para que ele o criasse, pois disse que seria capaz de dar uma melhor condição de vida ao garoto. A mãe, que morava no Sol Nascente e tinha outros oito filhos, aceitou”, revelou o policial.

Ainda segundo o delegado, um outro mandado de prisão foi descoberto contra José Evandro em São Paulo por ter abusado sexualmente de uma menina de seis anos. Ao todo, ele tem quatro denúncias registradas pelo mesmo crime. “Acreditamos que, com a divulgação da imagem e nome do autor, novas vítimas possam aparecer”, disse.

Após ter o mandado de prisão expedido pela Justiça do DF em 2018, o homem fugiu, mas sem o adolescente, que voltou a morar com a mãe. “Quando ela descobriu os abusos, veio até nós e registrou uma denúncia. Ela não sabia o que acontecia.” Depois disso, o garoto saiu de casa novamente para residir com o suspeito.

#PC27
O suspeito foi preso durante a megaoperação #PC27. Cerca de 1 mil policiais civis do Distrito Federal percorrem as ruas da capital. Já foram cumpridos mais de 60 mandados de prisão. Os trabalhos começaram pela manhã e serão encerrados às 17h desta quarta-feira (24/04/2019).

O objetivo é retirar de circulação foragidos da Justiça que cometeram delitos graves, como roubo, homicídio e estupro, e integrantes do crime organizado. A força-tarefa ocorre simultaneamente em 27 unidades da Federação. As cidades com mais prisões até o momento são estas: São Paulo (105), Paraná (99) e Santa Catarina (80).

“Estelionatário do amor”
Durante a operação, investigadores da 1ª Delegacia Polícia (Asa Sul) prenderam ainda um estelionatário identificado como Josemar Ilton Conceição Souza. Mais conhecido como Mailton, o morador de São Sebastião tem 31 anos e é acusado de seduzir e extorquir uma moradora da Asa Sul, de 59 anos.

Segundo as investigações, eles se conheceram em uma sala de bate-papo na internet e mantiveram um relacionamento amoroso por WhatsApp durante cerca de dois anos. Nesse período, a vítima chegou a repassar quantias em dinheiro para o acusado.

Após o relacionamento virtual esfriar, o “estelionatário do amor” passou a extorquir a mulher, ameaçando divulgar fotos e vídeos íntimos, e até mesmo matá-la, caso ela não continuasse fazendo os depósitos. No total, a vítima transferiu para o criminoso cerca de R$ 75 mil, de acordo com os investigadores da 1ª DP. Gastou suas economias e fez empréstimos bancários.

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