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Homem que matou motorista de app no DF é condenado a 23 anos de prisão

Whallyson Maicon Lima é acusado de latrocínio contra Roosevelt Albuquerque. Ele teve a ajuda de um adolescente

atualizado

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Reprodução/ TV Record
Whallyson Maicon Lima, 22 anos, preso após matar motorista de app no DF
1 de 1 Whallyson Maicon Lima, 22 anos, preso após matar motorista de app no DF - Foto: Reprodução/ TV Record

Whallyson Maicon Lima (foto em destaque), acusado de matar o motorista de aplicativo Roosevelt Albuquerque da Silva, em 2020, foi condenado a 23 anos de reclusão nessa quarta-feira (28/7). O juiz da Vara Criminal de Sobradinho o condenou em regime inicial fechado pelos crimes de latrocínio, corrupção de menores e porte ilegal de arma de fogo.

O acusado ofereceu R$ 1 mil a um menor de 18 anos para praticar o crime. Na noite de 1º de dezembro de 2020, o jovem solicitou uma viagem pelo aplicativo 99POP, dirigindo-se até a região do polo de cinema de Sobradinho. Lá, Whallyson executou o motorista do aplicativo, com tiros na região da cabeça tão somente a fim de assegurar a subtração do veículo e demais pertences da vítima.

“Foram três disparos na nuca. O maior ordenou que a vítima se ajoelhasse quando, de forma covarde, atirou na nuca exatamente porque o calibre 22 é menos potente e, acertando na nuca, ele sabia que ali não tinha a calota craniana e haveria a perfuração. Então, com três tiros na nuca, a vítima ficou caída no local”, detalhou o delegado-chefe da 13ª DP, Hudson Maldonado, à época do crime.

Para o juiz, a conduta do réu merece reprovação social dado seu pleno conhecimento da ilicitude do fato, sendo-lhe exigível comportamento diverso. Além disso, segundo o magistrado, as circunstâncias do fato chamam a atenção, considerando o próprio comportamento do réu, que agiu com desenvoltura na prática da infração, demonstrando sentimento de intrepidez e impunidade. Por fim, o julgador destacou que, ao que consta, o comportamento da vítima em nada contribuiu para a ocorrência do delito.

Cabe recurso da sentença. O processo corre em segredo de Justiça.

Última viagem

O motorista fez sua última viagem por volta das 22h30 da terça-feira (1º/12). Segundo a esposa de Roosevelt , Juliana Simplício Rodrigues, 35, o casal tinha um acordo para que ele não trabalhasse até muito tarde, por considerar as viagens tardias um risco desnecessário.

Pouco antes de aceitar o chamado que acabou sendo fatal, o motorista enviou uma mensagem à esposa avisando que conseguiria buscar os filhos na Vila Planalto, por volta das 23h. Depois disso, a vítima não deu mais sinal de vida.

“Ele nunca atrasa. Com certeza, viu que era uma corrida curta e aceitou. Quando deu 23h07, meu filho mais velho já mandou mensagem avisando que o pai não tinha aparecido”, relata Juliana.

Juliana e o pai de Roosevelt passaram a noite de terça-feira procurando informações em hospitais e delegacias. O corpo de Roosevelt foi encontrado no Polo de Sobradinho naquela mesma noite. Na manhã seguinte, a família reconheceu o corpo do motorista.

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