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Homem que matou jovem com taco de beisebol deu soco em recém-nascido

Ação de Larissa Pereira do Nascimento na Justiça do DF descreve agressão a bebê, filho do casal. Na época, ela pediu medida cautelar

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João Paulo de Moura Sousa
1 de 1 João Paulo de Moura Sousa - Foto: Reprodução/Internet

O relacionamento de Larissa Pereira do Nascimento, 22 anos, e Paulo de Moura Sousa (foto em destaque), 23, marcado por violências e abusos, não afetava apenas os dois. O próprio filho do casal já havia sido atingido por um soco do rapaz durante uma discussão, cerca de sete meses antes de o companheiro matar a jovem com um taco de beisebol, crime ocorrido no último domingo (9/5).

Na ocasião, Larissa entrou com medida cautelar no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). À época da agressão, em 24 de outubro do ano passado, o filho dos dois, Ravi, tinha apenas 1 mês de vida.

“Na residência de João, este, embriagado e sob efeito de drogas, quis pegar Ravi nos braços, mas Larissa, temerosa, não permitiu, tendo João, em seguida, desferido um soco contra Larissa, golpe esse que acabou acertando a cabeça de Ravi, lesionando-o”, descreve a ação. No dia anterior, o rapaz já tinha brigado com a garota, chegando a torcer o braço dela. Ele a teria chamado de “vagabunda”, “piranha” e “desgraça”.

À Justiça, Larissa descreve que teve um relacionamento de dois anos com João, que sempre foi violento. Ainda assim, ela declara que reatava a união porque o namorado prometia mudar, o que não aconteceu. Ela retirou a ação contra o rapaz dias depois, alegando que havia reatado o relacionamento.

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Larissa foi assassinada pelo companheiro
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A 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) investiga o caso

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Personalidade

A mãe de João Paulo, que não terá o nome divulgado, afirmou que o filho é agressivo e que tem diversas passagens pela polícia – a maioria por violência doméstica contra Larissa. Por estar usando tornozeleira eletrônica, o autor precisou sair de casa e passou a morar com a mãe. A mulher detalha que o jovem é extremamente ciumento, o que resultava em constantes agressões contra a companheira.

Ela conta que, por temer que algo mais grave acontecesse, chegou a aconselhar Larissa a não desistir do processo criminal contra João Paulo. Antes do homicídio, o rapaz chegou a ser preso por agredir a vítima. Segundo a testemunha, assim que ele foi liberado o casal retomou a relação e passou a morar com a mãe do jovem.

No dia anterior ao assassinato, uma irmã de João Paulo fez aniversário. A comemoração ocorreu na mesma rua onde o casal mora, no Condomínio Del Lago, no Itapoã. Larissa resolveu ir à festa, mesmo após ser alertada pela sogra. A mãe do rapaz relata que ele estava dormindo. A testemunha disse que tinha medo da reação que ele teria ao acordar e não ver a namorada em casa.

Durante a madrugada, a mãe do autor relata que acordou com um barulho. A briga envolvia João Paulo, o irmão dele e Larissa. Ela detalha que não teve como intervir pessoalmente, pois teve medo do próprio filho. Os vizinhos ouviram gritos de socorro e ligaram para a Polícia Militar. Quando a equipe chegou ao endereço, os familiares informaram que a confusão havia cessado e que o casal estava dormindo.

Na manhã de domingo, a testemunha afirma que saiu de casa e, quando voltou, viu que Larissa e João Paulo voltaram a discutir. Em um momento, o rapaz pediu um abraço para mãe e falou: “Acho que matei a minha mulher”. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas a jovem não apresentava sinais vitais. A polícia apura a hora aproximada em que a vítima morreu – se de madrugada ou na manhã de domingo, conforme o relato da testemunha.

A violência dos golpes foi tanta que um dos olhos da vítima estava fora da cavidade ocular. Além disso, o corpo de Larissa apresentava múltiplas lesões. O autor chegou a fugir de bicicleta, mas a polícia o localizou logo em seguida, na casa do pai. O casal tem um filho de sete meses.

O irmão de João Paulo confirmou que o jovem é uma “pessoa de personalidade extremamente violenta”. Ele ressaltou que, desde a adolescência, o irmão tem envolvimento com o crime e viveu a maior parte do tempo sob a custódia do Estado, no sistema prisional.

 

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