Homem que matou ex-mulher com tiro à queima-roupa é condenado no DF
Osmar de Sousa Silva, 36 anos, matou Thaís Campos em junho de 2021. Ele passou por júri popular nessa terça-feira (14/11)
atualizado
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Osmar de Sousa Silva, 36 anos, foi condenado por matar Thaís da Silva Campos, 27 anos. Ela foi baleada à queima-roupa em Sobradinho em junho de 2021. Osmar foi sentenciado a 28 anos, 3 meses e 15 dias de reclusão em regime fechado pelo Tribunal do Júri de Sobradinho.
O homem era ex-companheiro da cirurgiã-dentista e cometeu o feminicídio após não aceitar o fim do relacionamento.
O julgamento ocorreu ao longo de toda a terça-feira (14/11), e a sentença só foi dada pelo juiz perto da meia-noite. Ele foi condenado pelo homicídio a uma pena de 27 anos e 3 meses e mais 1 ano e 15 dias por posse de arma de fogo.
Osmar já cumpriu 2 anos e 6 meses de prisão e não terá direito a recorrer da sentença em liberdade.
“Foi um momento muito difícil, mas também gratificante. A Justiça foi feita. A minha filha não vai voltar mais, mas sabemos que ele ficará preso por muitos anos para amenizar um pouco o nosso sofrimento”, disse a mãe da jovem, Andreia da Silva Campos.
Thaís era funcionária da Secretaria de Saúde desde 2013. Ingressou no quadro como técnica de higiene dental (THD) e estava lotada na Unidade Básica de Saúde 3, da Fercal. A mulher morava sozinha com a filha de dois anos, fruto do relacionamento com Osmar, e estava separada do companheiro.
O crime
Na noite de 20 de junho de 2021, Thais foi morta com tiros à queima-roupa na porta de casa. Um dos disparos atingiu o rosto da mulher, que morreu no local. O feminicídio foi gravado por câmeras de segurança.
Segundo as investigações, Silva matou Thais por não aceitar o fim do relacionamento que eles tiveram por aproximadamente quatro anos.
Entenda o caso
Testemunhas contaram à polícia que Thais se separou de Silva porque descobriu que ele a traía com prostitutas. De acordo com as investigações, Silva pedia para retomar o relacionamento e, por diversas vezes, ameaçou matar Thais e a filha do casal. À época do assassinato da mãe, a criança tinha 2 anos.
Porém, a dentista não denunciou o ex porque ele dizia que isso poderia atrapalhá-lo a conseguir um emprego em Portugal.
O criminoso confessou o crime, mas disse que a motivação do feminicídio era financeira, porque ficou com dívidas após a separação. Ele afirmou que comprou a arma em uma feira de Ceilândia, por R$ 5,6 mil.