Homem que matou esposa e atirou em filho é condenado a 42 anos
O crime ocorreu dentro de apartamento no Bloco E da 316 Norte, em 28 de janeiro de 2019
atualizado
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A Promotoria de Justiça do Tribunal Júri de Brasília obteve a condenação de Ranulfo do Carmo Silva, de 74 anos, pelo feminicídio da esposa Diva Maria Maia da Silva e pelas tentativas de homicídio do filho e de uma vizinha. O julgamento foi realizado nesta terça-feira (20/6). Ranulfo estava preso desde a época do delito, em 2019.
O crime ocorreu dentro de apartamento no Bloco E da 316 Norte, em 28 de janeiro de 2019. No local, os três tiveram uma discussão acalorada. À polícia, Ranulfo justificou ter “perdido a cabeça”. Ele pegou a arma no quarto e disparou cinco vezes contra Régis, que defendia a mãe das agressões do pai.
A pena foi fixada em 42 anos de reclusão em regime fechado. O julgamento foi realizado nessa terça-feira (20/7).
O conselho de sentença aceitou as qualificadoras propostas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT): motivação torpe (contexto de desavenças familiares); recurso que dificultou a defesa da vítima; e feminicídio.
Assassino frio
Frio e sem remorso algum, Ranulfo do Carmo narrou em depoimento prestado na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) os momentos que antecederam os disparos que mataram a companheira, Diva Maia, e feriram o filho Régis do Carmo.
Durante o interrogatório à polícia, o homem não perguntou ou demonstrou qualquer tipo de sentimento pela morte de Diva. Antes de ser levado para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), Ranulfo contou que o estopim para a briga foi dois tapas no rosto que teria levado do filho. Em seguida foi ao quarto, pegou o revólver e abriu fogo contra Régis.
Diva acabou baleada cinco ou seis vezes após Ranulfo recarregar a arma. “Havia projéteis espalhados pela casa e perfurações de bala em diversos cômodos, como na cozinha e na sala.