Homem que matou amigo com soco na Feira do Guará será julgado nesta 5ª
Caso aconteceu em novembro de 2021. Educador físico Bruno Sales de Melo e Silva matou chef de cozinha Ricardo Menezes
atualizado
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O júri popular vai julgar nesta quinta-feira (15/9) Bruno Sales de Melo e Silva, 30 anos. O educador físico está preso desde novembro do ano passado, por matar espancado um amigo na Feira do Guará. O caso gerou revolta entre conhecidos e familiares da vítima, o chef de cozinha Ricardo Menezes Silva, 40. O crime teria sido motivado por um aparelho de celular, que Bruno achava ter sido furtado, mas acabou sendo encontrado onde ele deixou. O julgamento começa às 8h, no Fórum do Guará.
Bruno Sales está preso desde 6 de novembro de 2021, dia do crime. A advogada Daniele Medeiros, que defende a família de Ricardo no caso, diz crer que “a Justiça será feita”. “Ele confessou o crime, inclusive, e foi preso em flagrante. A pena depende muito do que vai acontecer amanhã, mas são duas qualificadoras do homicídio, por motivo fútil e empregando meio cruel”, disse.
A mãe de Ricardo, Célia Maria Alves, 65, conta que a saúde dela não é mais a mesma desde o assassinato do filho. Segundo a pastora evangélica, o julgamento pode trazer um pequeno alívio para a família. “A Justiça não vai trazer meu filho de volta para nós, mas esperamos que a pessoa receba a devida condenação e pague por esse crime tão cruel, tão perverso”, lamentou.
Célia descreve Ricardo como um companheiro. Um filho muito zeloso e cuidadoso, que estava abrindo um restaurante para ajudar a mãe e investir em ações sociais. “No enterro, tinha quase 300 pessoas. Durante esse tempo em que ele esteve com a gente, nunca entrou em nenhuma confusão.”
Segundo uma testemunha do crime, Bruno alegou que alguém havia furtado o aparelho celular dele e que ninguém sairia dali até que o smartphone aparecesse. Ricardo teria ficado ofendido, dando início à discussão. Os dois saíram do quiosque e começaram a brigar.
Ricardo Menezes foi atingido com um soco no rosto e caiu no chão. Mesmo desacordado, o chefe de cozinha continuou sendo agredido, recebendo quatro chutes na cabeça. A testemunha relatou à polícia que o primeiro chute atingiu o pescoço de Ricardo. Após a confusão, seguranças da feira encontraram o celular do agressor no lugar em que ele havia urinado, poucos minutos antes. Provavelmente, ele, já embriagado, teria esquecido o aparelho naquele local.