Homem que matou a ex-namorada em 2007 é condenado a 22 anos de prisão
Ivan Pereira Pires matou Edinalva Rosa Dourado por não aceitar o fim do relacionamento. Júri ocorreu nesta terça-feira (8/11)
atualizado
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O Tribunal do Júri do Gama condenou Ivan Pereira Pires, de 52 anos, acusado de matar a ex-namorada em 2007, a 22 anos de prisão em regime inicial fechado. Ele não poderá recorrer da sentença em liberdade. O júri ocorreu nesta terça-feira (8/11).
O acusado matou Edinalva Rosa Dourado quando a atingiu com golpes de facão. Segundo a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o crime ocorreu em 26 de abril de 2007, por volta das 6 horas da manhã, em chácara localizada no Núcleo Rural Ponte Alta, no Gama.
Durante a audiência, diversas testemunhas ligadas à vítima, foram ouvidas pela juíza Maura de Nazareth e pelos promotores do caso. Uma das filhas de Edinalva, Rosana Rosa Dourado disse esperar pela condenação do agressor da mãe.
“Espero que ele seja condenado e que pegue o máximo de anos de reclusão que puder. Que também fique o máximo de tempo preso na cadeia. Isso não apaga a dor que a gente sente, mas saberemos que a justiça foi feita”, pontuou Rosana.
Antes do início do interrogatório, o acusado respondeu que utilizaria do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe fossem formuladas.
Ao proclamar a sentença, a juíza pontuou que a vítima deixou três filhos, dos quais dois eram crianças à época. A magistrada ainda acrescentou que o réu usou nome falso enquanto esteve foragido, o que agravou a pena. “Conseguimos encontrar o acusado e hoje damos um fim à parte jurídica desse fato”, afirmou Maura.
O julgamento só pôde ser realizado 15 anos após o ocorrido, pois o suspeito estava foragido, desde então. Ivan só foi localizado e capturado em 2021, preso em flagrante por uma tentativa de feminicídio em Itaituba, município do estado do Pará. Ele usava documento falso.
O crime
Em 2007, o acusado surpreendeu Edinalva Rosa Dourado e a atingiu com golpes de um objeto cortante. O Ministério Público o acusou de ter agido por motivo torpe, em razão de não aceitar o rompimento do relacionamento que mantinha com a vítima.
A denúncia também incluiu o emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi atacada no interior de um pequeno cômodo da casa onde moravam, ficando impossibilitada de sair.