Homem que levou para o Ceará Tainá fingiu preocupação em mensagens
Mensagens foram enviadas à família no dia do desaparecimento da criança e, agora, são analisadas pela Polícia Civil
atualizado
Compartilhar notícia
O homem acusado de convencer a estudante Tainá Silva, de 13 anos, a fugir de casa, teria tentado enganar a família da criança. No dia do desaparecimento, fingindo ser um adolescente, ele teria entrado em contato pelo WhatsApp com a mãe da garota demonstrando surpresa e dizendo não saber do paradeiro da menina.
A garota sumiu em 5 de novembro. Na mesma data, às 18h12, o suspeito identificado com Jocelio Vieira da Luz, enviou uma mensagem a parentes de Tainá perguntando se a adolescente estaria dormindo, porque estava tentando falar com ela. Para os familiares da menina, ele se apresentava como Maurício: “E não tá dando certo”, teclou. Durante a conversa, ainda pontuou: “Tô preocupado”.
Veja imagens da família de Tainá:
Na conversa, o acusado insinuou que Tainá poderia ter ido para a casa de uma amiga. “Ela tinha falado algo a respeito”, argumentou. O homem disse que aquela não seria a primeira vez que a menina ficava incomunicável. “Já aconteceu no dia da igreja e outras vezes”, disse.
Ao longo das investigações, a família de Tainá entregou os prints e todas as conversas do falso adolescente para os investigadores da Polícia Civil do Distrito Federal. “Ele fingia não saber de nada”, contou o tio de Tainá, Jociel Santana Loureiro, de 35 anos.
Ceará
O caso foi desvendado em parceira com a Polícia Civil do Ceará. A menina foi encontrada pela polícia na quinta-feira (11/11), conforme revelou o Metrópoles. Tainá estava município de Massapê, a cerca de 250km de Fortaleza. O suspeito foi preso.
A família de Tainá deu detalhes do perfil do homem acusado de ter convencido a estudante a ir para o Ceará. Pelas redes sociais, ele se apresentou como um jovem de 15 anos chamado Maurício Gomes Chagas.
O padrasto de Tainá, o pintor José Emerson Santana Loureiro, 41, relata que a estudante frequentemente conversava com o acusado pelas redes sociais. A jovem sempre dizia aos responsáveis que se tratava de um menor de 18 anos.
Os parentes narraram ao Metrópoles que, certo dia, a menina marcou o encontro em uma estação do metrô com o suposto adolescente. Tainá estava acompanhada da mãe, que, a distância, monitorou os dois. Na ocasião, a família não desconfiou e acreditou se tratar de um jovem por causa do porte físico.
“Ele é baixinho, com boa aparência, se veste bem. Enganava qualquer um. Usava boné e tinha cara de menino. Foi um susto para a gente”, contou José Emerson.
Conforme os relatos da família, o acusado teria um perfil no Instagram e usava a conta para se aproximar de meninas.
A família aguarda a volta da menina para Brasília, que está sob a guarda do Conselho Tutelar no Ceará. Segundo familiares, a volta depende de etapas administrativas e do aval da Justiça.
Mistério do embarque
As condições do embarque ainda são um mistério. Segundo a família, a PCDF suspeita que Tainá teria embarcado sozinha e todas as circunstâncias serão apuradas.