Homem que estrangulou esposa no DF tem prisão mantida pela Justiça
Silvestre Pereira, 44 anos, matou Joana Santana durante discussão por conta de uma dívida que ele tinha com um agiota, em Planaltina
atualizado
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O Tribunal do Júri de Planaltina manteve a prisão preventiva de Silvestre Pereira de Araújo, 44 anos, por estrangular a companheira, Joana Santana Pereira dos Santos, 41 anos, em 19 de março. Após o feminicídio, o autor tentou suicídio, mas foi detido em flagrante por policiais.
O acusado matou a esposa durante discussão por conta de uma dívida que ele tinha com um agiota. O casal tinha quatro filhos, entre 6 e 17 anos.
A decisão sobre o indeferimento do pedido de revogação de prisão preventiva de Silvestre foi publicada na última quinta-feira (9/6), pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT).
Crime
De acordo com os parentes, o homem ligou para um irmão pedindo para ele pegar os seus filhos. Na ocasião, o autor do crime explicou que matou a companheira, estava tentando tirar a própria vida e não queria que eles presenciassem o ato.
Ao falar com o irmão, Silvestre teria dito que estava devendo muito dinheiro e que havia “feito uma merda muito grande”.
Antes de ir à residência de Silvestre, o familiar decidiu contatar outro irmão. Foi quando os parentes acionaram a Polícia Militar. Equipes da PM foram até o endereço, arrombaram o portão da casa e se depararam com três crianças dormindo.
Os filhos foram entregues a uma tia, enquanto os militares seguiam com as buscas no imóvel. Apenas um dos irmãos entrou na casa, acompanhado de um policial, para pegar uma bombinha de asma para o filho de Silvestre.
A mulher e o autor estavam desacordados em cima de uma cama, dentro de um quarto trancado. A vítima tinha sinais de esganadura, e o homem apresentava corte no pescoço. A faca usada no crime estava em um móvel próximo à cama.
“Matei minha esposa”
O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou que a mulher não já apresentava sinais vitais. O suspeito, entretanto, foi conduzido ao hospital. Durante atendimento na unidade da saúde, Silvestre Araújo chegou a falar: “Dívida, dívidas, eu briguei e matei minha esposa”.
Segundo informações de pessoas que realizaram o atendimento no hospital, além do corte no pescoço, o homem tinha marcas de mordida pelo corpo. O caso foi registrado na 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina).
Família sabia da dívida
A família do preso, inclusive Joana, teria tomado ciência das dívidas de Silvestre havia poucos dias. A vítima, então, estaria procurando outro emprego para ajudar o companheiro a quitar os débitos.
Em 2016, os três irmãos chegaram a trabalhar juntos em uma empresa, mas Silvestre acabou se endividando. Por isso, a administração da empresa passou a ficar com os outros irmãos e Silvestre resolveu abrir o próprio negócio.
Nas redes sociais, Joana dizia ser mãe de três meninos e uma menina e se orgulhava da família.
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