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Homem que esfaqueou família é indiciado por feminicídio e 4 tentativas

Crime foi cometido por Adenilson Santos Costa, 35, no sábado (5/2) e é investigado pela 26ª DP. A prisão dele foi convertida para preventiva

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Homem que esfaqueou família é indiciado por feminicídio e 4 tentativas
1 de 1 Homem que esfaqueou família é indiciado por feminicídio e 4 tentativas - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O homem acusado de esfaquear uma menina de 8 anos e quatro mulheres em Samambaia, no sábado (5/2), será indiciado por um feminicídio e outras quatro tentativas de cometer o crime. A criança não sobreviveu ao ataque e morreu no domingo (6/2).

A nova linha de acusação foi apresentada na 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia) pelo delegado-chefe, Rodrigo Larizzatti, e o delegado-adjunto, Rodrigo Carbone. Preso em flagrante, Adenilson Santos Costa, de 35 anos, teve na manhã desta segunda (7/2) a prisão convertida em preventiva durante audiência de custódia.

Segundo os delegados, Adenilson mantinha um relacionamento com uma das vítimas, Eudicilene de Sousa Barros, 50. Ela não seria parente, mas sim amiga das demais mulheres esfaqueadas e da criança. Eunice Maria é mãe de Adélia Sousa e Ana Paula Paraguai, além de avó da falecida Izadora Sousa, de 8 anos, filha de Adélia. Todas estavam em uma reunião familiar.

“Era uma reunião familiar. Inclusive isso faz com que para nós aja um contexto de violência doméstica, um contexto familiar. Por mais que a Eudiciline, que era almejada, não fosse parte daquela família, toda a violência, tudo que aconteceu foi nesse âmbito familiar”, explicou Larizatti.

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Crime ocorreu em uma casa em Samambaia
Tia da vítima foi uma das esfaqueadas
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Delegados Rodrigo Carbone e Rodrigo Larizatti falam sobre as tentativas de feminicídio que levaram ao óbito da criança Izadora

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Crime ocorreu em uma casa em Samambaia

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Tia da vítima foi uma das esfaqueadas

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O delegado Carbone decidiu indiciar o acusado pelo feminicídio da criança e tentativa contra as outras quatro vítimas. As penas vão de 12 a 30 anos de prisão para cada eventual condenação.

Adenilson mantinha um relacionamento com Eudiciline há aproximadamente 2 anos. Não há registro de agressão anterior no relacionamento em questão, mas o motivo do ataque recente seria ciúmes.

“Ele confessou. E no momento de fúria ele partiu para o ataque e começou a desferir os golpes ele alega em relação às outras vítimas que não se recorda dessa parte”, contou Carbone. Adenilson disse que não lembra se teria agredido as demais mulheres e a criança.

Criança no colo

Ana Paula estaria carregando uma criança no colo na hora do ataque. A criança seria filha dela, mas a polícia não tem informações sobre o sexo e a idade. De acordo com o testemunho, quando Adenilson a atacou, a mulher teria se virado para proteger a criança e, por sua vez, ferida no braço.

O marido de Ana Paula estava em um dos cômodos da casa. Ao perceber o ataque, ele partiu para cima do agressor. Além de desarmar Adenilson, conseguiu levá-lo para fora da residência. Para os delegados, a reação do homem evitou um cenário ainda pior, pois o agressor não apresentava sinais de que iria parar. “Esse ajudou a impedir que um mal maior acontecesse”, resumiu Carbone.

Segundo o delegado Carbone, Adenilson responde por quatro inquéritos de Lei Maria da Penha. Seriam de um relacionamento anterior. O último data de 2020 e há registro de medida protetiva. Há relatos de ameaça e agressão contra a ex-companheira.

As mulheres atingidas, segundo relatos, teriam tentado proteger a companheira de Adenilson, Eudenice, que foi golpeada no abdômen. “Os relatos são que a criança fugiu. Mesmo assim, ele perseguiu a criança e desferiu um golpe no abdômen da criança”, contou Carbone.

Perfil

Na avaliação de Carbone, ainda são necessários mais elementos para traçar um perfil de Adenilson. “O que a gente pode adiantar é que realmente ele agiu por impulso. É uma pessoa agressiva. Extremamente agressiva. Agiu por impulso, movido por ciúmes”, comentou em depoimento. “O grau de agressividade dele realmente destoa da normalidade”, finalizou.

Para Larizatti, o criminoso apresenta os traços clássicos de agressores domésticos, com registro de agressões. “Isso mostra a importância da rede de proteção à mulher. Se com a rede acontecem casos assim, imagina sem ela”, pontuou. O delegado ressaltou a importância das denúncias e do registro de ocorrência em qualquer caso de violência doméstica.

A polícia aguarda os laudos técnicos das vítimas e a perícia do corpo de Izadora.

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