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Homem que criava tubarão no DF diz que animal nasceu de ovo que ele comprou

Ibama penalizou o morador de Vicente Pires em R$ 39 mil. Ele foi obrigado a apresentar autorização de criação dos outros animais

atualizado

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PCDF/Divulgação
tubarão
1 de 1 tubarão - Foto: PCDF/Divulgação

Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o homem flagrado com animais exóticos, entre eles, três tubarões, em Vicente Pires, afirmou que uma das espécies é resultado da compra de um ovo. Ele afirmou que só depois o animal nasceu. Trata-se de um tubarão-lixa, que era mantido em cativeiro clandestino em uma chácara da região administrativa. No local, havia outras espécies exóticas.

Os outros dois tubarões, segundo o autuado, foram comprados ainda filhotes. A versão sobre a aquisição do ovo, no entanto, não convenceu os investigadores. Ao Metrópoles, os policiais afirmaram que o homem não apresentou nota fiscal tampouco há notícias de lojas no Distrito Federal que tenham autorização para venda desse tipo de animal. O tubarão-lixa pode medir até 4 metros de comprimento. As fêmeas têm entre 1,2 metro e 3 metros.

Os tubarões seguem no aquário da chácara. Estão apreendidos e com termo de depósito. Permanecerão no local até que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decida um novo local.

Além dos animais aquáticos, o suspeito mantinha em cativeiro cinco jiboias, duas cobras Pítons, um teiú e uma moreia. Ele apresentou documentação apenas para justificar a posse de uma jiboia e do teiú. O flagrante ocorreu na última semana, após a Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes Contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) receber denúncia anônima.

O aquário estava em boas condições. Porém, as serpentes apresentaram sinais de maus-tratos. O responsável foi autuado em flagrante pelos crimes de maus-tratos, posse de espécie silvestre sem autorização e introdução de espécie animal no país licença. Se condenado e somadas as penas, ele poderá ficar detido por até três anos. Além disso, o homem foi multado administrativamente por fiscais do Ibama em R$ 39 mil.

A Dema informou que dará continuidade às investigações quanto aos indícios de tráfico internacional de animais, uma vez que quase todos são originários de ecossistemas de fora do Brasil.

Tráfico de animais exóticos

Após a repercussão do caso envolvendo um estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, 22 anos, picado por uma cobra Naja, a PCDF tem recebido inúmeras denúncias sobre o paradeiro de animais exóticos criados sem autorização. Pelo menos 18 cobras foram apreendidas desde então.

Ovos

O tubarão lixa pode chegar até 4 metros .Eles se alimentam de peixes que habitam no fundo do mar, incluindo camarão, lula, polvo, caranguejo, lagosta e outros.

Sua barbicha o auxilia na caça, que é feita, na maioria das vezes, durante a noite. Essa é uma espécie ovovivípara, o que significa que produz ovos que se desenvolvem e eclodem dentro do corpo da fêmea.

Logo após nascerem, os filhotes estão prontos para enfrentar os desafios da sobrevivência sem auxílio da mãe. Podem nascer de 21 a 50 indivíduos, com uma média de 34, aproximadamente.

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Em 2020, o estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkul foi picado por uma naja criada por ele no DF
Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia
No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro
Após as primeiras buscas, a Naja não foi encontrada
A Naja é uma das cobras mais venenosas do mundo
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Pedro é estudante de medicina veterinária

Arquivo Pessoal
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Em 2020, o estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkul foi picado por uma naja criada por ele no DF

Material Cedido ao Metrópoles
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Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

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No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

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Após as primeiras buscas, a Naja não foi encontrada

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A Naja é uma das cobras mais venenosas do mundo

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Delegado Willian Ricardo, da 14ª DP, investiga o caso

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Carro do Ibama em frente ao edifício: padrasto do estudante picado não teria colaborado com autoridades

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Movimentação em prédio no Guará: vizinhos temiam que a cobra invadisse outros apartamentos pela tubulação

Carlos Carone/Metrópoles
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Policiais da 14ª DP e agentes do Ibama foram ao endereço ligado ao estudante picado por Naja para tentar capturar a serpente

Carlos Carone/Metrópoles

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