Homem que abusou de 70 crianças era “viciado em games” e morava com a mãe
O criminooso de 23 anos não tem profissão e morava com a mãe em Teresina, no Piauí
atualizado
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Durante a investigação feita pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) sobre o homem preso nesta quarta-feira (21/7), acusado de abusar sexualmente de pelo menos 70 crianças e adolescentes em vários estados do país e no DF, os investigadores traçaram um perfil do abusador. A primeira vítima do criminoso foi um garoto de 12 anos, que mora em Sobradinho.
O homem, de 23 anos, não tem profissão definida e morava com a mãe em uma casa simples, num bairro humilde de Teresina, no Piauí. O suspeito se apresentou aos policiais da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho) como uma pessoa “viciada” em games, por isso permanecia tanto tempo conectado à internet. Ele costumava usar aparelhos celulares para interagir com as vítimas por meio das redes sociais.
De acordo com as investigações, o criminoso sexual fingia ser uma garota adolescente de nome Luíza Emanuelly para atrair meninos e adolescentes. O maníaco usava perfis falsos em plataformas digitais e mantinha, durante semanas, conversas com conteúdo sexual com as vítimas. Os meninos eram convencidos a enviar fotos e vídeos onde apareciam nus.
Nesse caso, mesmo sem contato físico, a lei define o crime como abuso sexual.
Casos em SP e RS
Os policiais apreenderam telefones e outros equipamentos eletrônicos que serão periciados pelo Instituto de Criminalística (IC) para que novas vítimas possam ser identificadas. Em uma análise preliminar, foi possível identificar a existência de muitas vítimas que moram em estados como São Paulo e Rio Grande do Sul.
As apurações apontaram que, após consumar os crimes e ter o material digital em mãos, o criminoso divulgava as fotos em grupos de amigos das vítimas por meio de outros perfis na mesma rede social. “Desde março, foram identificadas mais de 70 crianças de todo o Brasil com as quais o autor mantinha contato. Estima-se que o número de vítimas seja ainda muito maior”, explicou a delegada adjunta da 13ª DP, Ágatha Braga.