Homem é preso por torturar e ameaçar irmão deficiente com pit-bulls
Homem foi preso em flagrante, nesta quinta (12/5), no Riacho Fundo. Ele teria privado o irmão de comida e de necessidades básicas de higiene
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um homem em flagrante, nesta quinta-feira (12/5), acusado de torturar o irmão, de 39 anos, que tem esquizofrenia. O suspeito teria privado o familiar de se alimentar e de ter acesso a necessidades básicas de higiene.
Uma operação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) em parceria com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) deu cumprimento a mandado de busca e apreensão em uma residência no Riacho Fundo.
No local, policiais encontraram a vítima faminta, sem roupa, trancada em um quarto sem luz e com fezes no chão. Segundo a PCDF, o homem também tinha medo de sair do local e encontrar os quatro cachorros do irmão, da raça pit-bull.
“A equipe que já acostumada a lidar com situações bem difíceis ficou muito chocada com tudo o que viu, com o nível de crueldade desse agressor. Não bastasse a falta de comida e água, ainda tinha tortura psicológica, com os cachorros pit-bulls”, disse a delegada-chefe da Decrin, Ângela Maria.
Durante a ação policial, a vítima chegou a desmaiar de fome e foi encaminhada para atendimento hospitalar, com suspeita de grave desnutrição e desidratação. A polícia ainda recebeu denúncia de que o suspeito agredia o irmão com cabos de vassoura.
Além disso, o suspeito também teria agredido o próprio filho, de 11 anos, a irmã e a mãe idosa, que estão afastadas da residência por contarem com medidas protetivas. “É muito importante denunciar. Fica o alerta para que pessoas vizinhas que percebam alguma situação anormal, barulho diferente, que façam denúncia, pelo 197. O anonimato é garantido”, frisou a delegada.
O suspeito foi preso por tortura contra pessoa com deficiência e, se condenado, pode pegar pena de dois anos e oito meses a 12 anos de reclusão.