Homem é preso ao tentar matar ex-namorada a facadas em padaria do DF
A tentativa de matar a ex-namorada a facadas teria sido motivada por Rafael Alves dos Santos não aceitar o fim do relacionamento
atualizado
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A Justiça do Distrito Federal converteu para preventiva a prisão em flagrante de Rafael Alves dos Santos, 33 anos, autuado por tentativa de feminicídio em pleno Dia das Mulheres, na última quarta-feira (8/3), quando invadiu a padaria em que a ex-namorada trabalha, em Brazlândia, com o intuito de matá-la a facadas. O crime, motivado por não aceitar o fim do relacionamento, só não foi consumado porque testemunhas intervieram.
“Foi um namoro de idas e vindas, porque ele faz uso de cocaína. Era um relacionamento conturbado devido às drogas”, conta a vítima, uma mulher de 41 anos, que terá o nome preservado pela reportagem. “Ele não aceitava o término da relação. Eu estava na panificadora quando ele chegou com a faca”.
A mulher conseguiu correr e se desvencilhar do agressor, contudo, foi perseguida até tropeçar e cair no meio da rua. Rafael a alcançou e, no momento em que iria desferir os golpes, populares impediram. “Quando ele iria dar uma facada no meu pescoço, na altura da jugular, um homem que passava jogou a bicicleta contra ele e outras pessoas conseguiram tomar a faca dele. Agora, eu tenho dois aniversários”.
O criminoso conseguiu fugir e compartilhou em grupos de WhatsApp imagens (foto em destaque) com a arma do crime. Pouco tempo depois, acabou preso em flagrante.
“Estou em pânico. O medo agora me acompanha, tenho receio que o pior aconteça, mas fiz a coisa certa ao denunciá-lo. Que eu seja exemplo para outras mulheres”, finaliza a vítima.
Veja quem é Rafael:
Na audiência de custódia, o Ministério Público do DF (MPDFT) se manifestou pela conversão em prisão preventiva. A defesa de Rafael solicitou a concessão da liberdade provisória. Em decisão, a juíza entendeu que a prisão se justifica pela necessidade de garantia da execução das medidas protetivas de urgência. “Há necessidade da segregação cautelar do agente, em razão de sua periculosidade, extraída das circunstâncias que envolvem o caso concreto e do histórico de violência doméstica e familiar”.
“Diversos homens tem a mulher como objeto, o que é inaceitável. A mulher é um ser que complementa uma relação harmonicamente, não existe mais espaço para o sexismo. Que o combate a violência contra a mulher seja cotidiano até que a igualdade seja estabelecida”, disse o advogado Sóstenes Dias Souza, defensor da vítima.